Nova gasolina promete mais economia e menos poluição
Por Central Multimídia de Conteúdo/Jornalismo [08/10/2020] [20 h05]
Com os novos parâmetros de qualidade impostos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as refinarias nacionais e também os combustíveis importados entregam uma gasolina mais eficiente à população. Desde agosto nos postos, a nova gasolina pode representar uma economia de 4% a 6% no consumo dos motores já existentes e utilizados no Brasil, segundo explica a coordenadora do laboratório de cromatografia da Universidade Regional de Blumenau (FURB), Dilamara Riva Scharf.
“Segundo as autoridades e a ANP, essa nova gasolina tem mais qualidade do que as comercializadas anteriormente no país, o que aumenta a eficiência energética de motores, fazendo com que os veículos rodem mais quilômetros por litro, diminuindo a emissão de gases poluentes”, observa Dilamara.
Para o coordenador do Programa de Combustíveis da FURB, Edésio Simionatto, esses novos parâmetros e a nova gasolina são fruto do avanço e popularização de outras fontes de energia, como a utilizada em carros elétricos. Com isso, a indústria petroquímica trabalhou na busca de aumentar a eficiência e o rendimento dos motores para que ainda tivessem uma vida prolongada com os veículos movidos à gasolina.
Fiscalização e qualidade
Em Santa Catarina e no Paraná, a Universidade Regional de Blumenau, com seu Programa de Combustíveis, foi a pioneira nas análises realizadas à ANP, trabalho que iniciou no ano de 1997, para fiscalizar a qualidade dos combustíveis comercializados no país. Atualmente, a FURB recebe em torno de 1.200 amostras por mês para análise, dos dois Estados. Esse trabalho permite que a Universidade, por meio do seu laboratório de combustíveis, forneça laudos de conformidade para cada produto analisado, verificando sua qualidade ou se os combustíveis foram adulterados.
O laboratório desenvolve também uma série de pesquisas em parceria com os cursos de graduação e os programas de pós-graduação, além de análises mais específicas com empresas e indústrias da região. Um dos projetos de pesquisa é focado na pirólise, que transforma resíduos por meio do uso de altas temperaturas em um ambiente sem oxigênio.
Nele, os pesquisadores utilizam óleos de origem vegetal e animal para fazer substâncias muito próximas ao óleo diesel e gasolina.
Outro projeto que o laboratório estuda atualmente é voltado para a elaboração de uma metodologia para fiscalização do álcool gel e do álcool líquido em 70%. Os pesquisadores envolvidos ainda não possuem uma previsão de quando a metodologia ficará pronta, mas neste momento de pandemia, onde o álcool é um produto muito procurado, os pesquisadores reconhecem a importância de uma fiscalização.