Bons papos, trocas de experiências, importantes reflexões, histórias, saudades e uma certeza: o FITUB resiste! Assim podem ser resumidas as oito lives do “FITUB Conversa”, evento que aconteceu totalmente online para marcar a data em que aconteceria o 32º Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau, que este ano teve que ser adiado em decorrência da pandemia do Coronavírus.

 

As conversas aconteceram pelo Instagram entre os dias 15 e 22 de julho e, de acordo com dados da Divisão de Cultura da Universidade Regional de Blumenau (FURB), em média 2.500 pessoas assistiram todas as lives, com presença de público de países como Equador, Argentina, Chile, Espanha e de todos os estados brasileiros. Perdeu? Não se preocupe, ficarão disponíveis no perfil @fitub.

 

Na última live, na noite de quarta-feira, o bate-papo foi entre Pita Belli, atriz e diretora teatral e Cláudia Sachs, professora do Departamento de Arte Dramática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Elas conversaram sobre “memória e encontros” e relembraram muitas histórias boas que o festival tem para contar.

 

Entre muitas lembranças, Pita Belli, que foi coordenadora do FITUB por 15 anos, destacou a credibilidade do evento. “Eu acho que o festival tem muita credibilidade, que é uma coisa que ele foi conquistando ao longo da sua existência (...). As pessoas sabem que o que está sendo preparado pra elas tá sendo preparado com todo cuidado, tá sendo preparado por pessoas que estão engajadas naquela coisa toda”.

 

Ao final, em nome da Divisão de Cultura da FURB, Pita fez uma homenagem para Leide Regina de Liz, coordenadora por muitos anos da Divisão e que faleceu em abril deste ano, tendo deixado um importante legado na cultura tanto da Universidade quanto de Blumenau.  

Desde a primeira noite do “FITUB Conversa” a organização do evento esteve em pauta. No primeiro bate-papo o atual coordenador, Fábio Hostert e o coordenador do núcleo de artes cênicas do Itaú Cultural, Carlos Gomes trocaram ideias e Hostert garantiu: a 32ª edição do FITUB vai acontecer.

 

“Nesse momento de pandemia e isolamento social, a gente tá aqui trazendo essa possibilidade virtual, se adaptando a esse momento, mas marcando a nossa data, o nosso período em que a gente realizaria o 32º FITUB. E para quem não conhece o FITUB, já quero deixar aqui o convite para vir, porque assim que a gente puder nós vamos realizar essa 32º edição”.

 

Hostert contou também que para esta edição, o festival conseguiu um importante patrocínio, com emenda parlamentar da ex-deputada Ana Paula Lima. O recurso já está na conta do festival. “Nós pensamos que não seria justo com o FITUB, que é um evento com muito calor humano nesse mês de julho aqui em Blumenau, pensá-lo de maneira online. Nós temos essa possibilidade, já entramos com um pedido de aditivo de prazo para essa emenda parlamentar ser usada ainda dentro de um ano, então, nós vamos aguardar para que a gente volte para o nosso lugar de presença do teatro para poder fazer uma edição linda, que será essa 32ª”.

 

O segundo dia de conversa foi com diretora de Promoção dos Direitos Culturais da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, Bárbara Bof e com o diretor e ator de teatro e cinema, Paulo Celestino. Na pauta, “Festivais e ações possíveis na pandemia”.

Já o terceiro dia de evento contou com a presença virtual dos atores André Locatelli e Dê Jota, que falaram sobre “Experiências no FITUB e suas construções profissionais”.

 

André Locatelli, que já se apresentou nos palcos do FITUB com o Coletivo Errante, do Rio de Janeiro, destacou a importância do festival no aprendizado dos atores universitários. “Como eu brinco com o pessoal, o FITUB faz parte do DNA do (Coletivo) Errante, porque apesar de ser um grupo que já existia desde 2012, a gente se consolidou e começou a encarar as coisas mais profissionalmente depois do FITUB, que deu pra gente todo aquele estofo, conhecimento, know how, de como seguir se produzindo e daí pra frente foram só bênçãos.”

 

O quarto dia, que teve como assunto “auto ficção”, contou com a participação da atriz e diretora Renata Carvalho e do ator e pesquisador Renato Ferracini.

 

No quinto dia, a dupla de convidados para o bate-papo foi: Victor Hugo Carvalho de Oliveira, coordenador e diretor do Grupo Teatral Phoenix da FURB e Elisabete Vitória Dorgam Martins, atriz e diretora teatral, que falaram sobre “o trabalho criativo na atuação e ensino”.

 

O sexto dia teve a presença da atriz, cantora e pesquisadora vocal Barbara Biscaro e da diretora, professora de pesquisa e atriz, Madeleine Loayza Cabezas, falando sobre “teatro, universidade e pandemia: diálogos latino-americanos”.

 

No penúltimo dia de evento, o encontro foi entre a professora de teatro Hebe Alves e a professora de teatro Denise Coutinho, que debateram sobre o tema: as artes cênicas no horizonte pós-pandemia, deixando pistas para a conversa do último dia e expectativas sobre o 32º FITUB.