FURB finaliza projeto para o parque ambiental de Pomerode
Por Central Multimídia de Conteúdo/Isabella Cremer [07/07/2020] [18 h28]
A equipe responsável pelo projeto “Cidade, Rio e Vitalidade: diretrizes para a estruturação de parques do município de Pomerode” finalizou a primeira parte de proposta urbanística para o Parque Ambiental da Lagoa do Weege. A idealização é fruto de convênio assinado em fevereiro pela Universidade Regional de Blumenau (FURB) e a Prefeitura de Pomerode.
O primeiro de três projetos urbanísticos foi entregue no primeiro semestre de 2020. Carla Back, arquiteta e coordenadora dos trabalhos, explica que a proposta é desenvolver estudos e definir diretrizes sobre os locais onde serão implantados os parques. O caminho seguirá por um planejamento urbanístico e edital de concessão para busca de empresários interessados na implantação, por meio de parceria público-privada.
O Núcleo de Estudos Urbanos Regionais (NEUR), da Universidade, estuda a parte orçamentária, para fazer uma estimativa do custo desse projeto e a partir do valor lançar o edital junto à prefeitura de Pomerode.
A proposta urbanística do Parque Ambiental da Lagoa do Weege parte de cinco temas ligados à preservação ambiental e patrimonial, entre eles interação social, educação, recreação ativa e passiva, acessibilidade e conexão, e ambiente natural e paisagem.
O primeiro deles é a interação social, seja entre os próprios pomerodenses ou com os turistas, assim como fortalecimento da relação de pertencimento cultural e com os espaços públicos.
A Casa da Lagoa do Weege, em estilo arquitetônico enxaimel, será restaurada e junto com a lagoa ganhará destaque no parque. Ela ficará em primeiro plano em relação às outras construções, podendo ser observada de diversos lugares, sendo a edificação com a melhor vista da lagoa.
Além disso, está prevista a construção de um complexo comercial, um restaurante, um anfiteatro e um hotel, todos eles arquitetados de acordo com um dos temas estruturais vinculado à preservação do meio ambiente e da paisagem. O parque e o hotel usarão energia gerada por uma usina na barragem e por placas fotovoltaicas; terraços das construções se integrarão ao verde da natureza ao redor.
A questão da educação também é um dos pilares do projeto. O parque foi pensado para criar experiências de aprendizagem, integradas ao meio ambiente, estimulando trocas de conhecimento. Há ainda a recreação ativa e passiva, visando a um ambiente de entretenimento, com acessibilidade para todas as pessoas e uma conexão com outros espaços públicos da cidade. Para tanto, estão previstos no projeto atividades como arvorismo, pedalinho, playground natural, trilhas ecológicas com observação da natureza e identificação de espécies da flora local, além de uma trilha sensorial e balsa de travessia da lagoa.
Ao redor de toda a Lagoa do Weege haverá também um deque sobre a água para passeio, com passarela de travessia, mirantes e passagem pela barragem existente, que será restaurada. Os arquitetos e especialistas envolvidos no projeto do Parque Ambiental da Lagoa do Weege tomaram o cuidado para que as edificações e atividades, conforme a coordenadora Carla Back explica, tivessem “o mínimo de impacto negativo, o mínimo de interferência”. Ela acrescenta ainda que toda a ocupação teve a preocupação em garantir a preservação ambiental e valorizar o patrimônio histórico e ambiental, usando áreas para construção onde a cobertura vegetal já tinha sido alterada no passado.
Além da barragem, que segundo apontamentos históricos era utilizada com roda d’água para a geração de energia, a Casa Weege é um dos patrimônios históricos que os pomerodenses querem preservar e evidenciar perante os turistas. A casa foi construída na década de 1890, em estilo enxaimel e faz parte de um conjunto dessas casas na localidade de Pomerode Fundos, que fica distante aproximadamente cinco quilômetros do centro da cidade, na Rua Fundos Klaus.