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05/10/2012 - Projeto de extensão auxilia na educação de crianças hospitalizadas

Nelson Amaral teve pneumonia aos seis anos. A doença o deixou uma semana internado no Hospital Santo Antônio, em Blumenau. Hoje com 16, o jovem ainda guarda na memória o tempo que ficou se recuperando, longe da escola. “Recebi muitas restrições. Além de não poder comer o que queria, passei uma semana sem estudar”, relembrou o estudante.
 
Atualmente a história é bem diferente. Em 2007, graças a uma parceria do Centro de Ciências da Educação (CCE) da Universidade Regional de Blumenau com a Secretaria Municipal de Educação de Blumenau (Semed), foi elaborado o projeto de extensão Pedagogia Hospitalar no Hospital Santo Antônio, com o objetivo principal de possibilitar à criança hospitalizada um acompanhamento pedagógico. No ano seguinte o projeto foi implantado e segue até hoje atendendo crianças e adolescentes que têm a educação temporariamente interrompida por uma internação hospitalar. 
 
O projeto é realizado no setor de pediatria do hospital, que conta com salas e áreas de lazer e entretenimento para uma melhor recuperação. Em média, dez crianças ou adolescentes são atendidos diariamente, totalizando aproximadamente 200 jovens por mês. “Não é qualquer atendimento que recebe o acompanhamento pedagógico. A criança precisa estar internada por um período que possa prejudicar o desempenho escolar”, esclarece a coordenadora do projeto e professora do CCE, Elenir Budag.
 
Quatro pessoas trabalham no projeto: uma pedagoga, duas professoras e uma estagiária. Dependendo da necessidade dos pacientes, as professoras se adaptam e atendem nos próprios quartos de internação. De forma interdisciplinar, as crianças trabalham todas as áreas do conhecimento, que muitas vezes se articulam em um mesmo tema. “Na leitura de livros com temas da Saúde, além da criança aprender sobre prevenções, ela também exercita a leitura, a Língua Portuguesa, os conhecimentos ligados à Ciência, entre outros”, explica Fabiana Goldmann, uma das professoras que atuam no hospital.
 
Motivação
Segundo as enfermeiras do hospital, que convivem mais tempo com as crianças, o atendimento pedagógico motiva, eleva a autoestima dos pacientes e ajuda também no tratamento das enfermidades. “Os meninos ficam felizes, alegres, mostram os trabalhinhos feitos durante as aulas, contam sobre as brincadeiras, e quando elas (professoras) não estão, eles sentem falta e perguntam quando vão vir”, revela a enfermeira Cibele Silva.
 
Além da atenção dada às crianças, os pais e acompanhantes também recebem atendimento, com palestras sobre higiene, saúde e cidadania e instruções sobre prevenção de doenças e acidentes. “Os pais sentem a diferença e elogiam todo o trabalho. Até, certa vez, uma mãe que não possuía ensino básico quis participar da atividade escolar, pois se interessou pelo assunto”, relembra Cibele.
 
Prêmio
No final de 2011, a equipe recebeu a notícia que o projeto estava na lista dos 51 finalistas brasileiros da 4ª edição do Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que incentiva ações que contribuem para o desenvolvimento social do país. Nesta edição, mais de 1.600 projetos de todo o país foram inscritos. 

 

Publicação: 05/10/2012 - Coordenadoria de Comunicação e Marketing | Foto(s): Divulgação

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