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07/03/2013 - Casa-Modelo conta com sistema para reduzir impacto de enxurradas

Localizada no estacionamento do Câmpus 2 da Universidade Regional de Blumenau (FURB), a casinha de cerca de 60 metros quadrados não revela, à primeira vista, as soluções tecnológicas que fazem dela uma Casa-Modelo em termos ecológicos e sociais. Construída a partir de dois projetos financiados pela Agência Brasileira de Inovação (Finep), ela foi levantada com materiais recicláveis e conta com um sistema de captação de água da chuva que, em conjunto com uma trincheira de infiltração, reduz um problema que cresce com a impermeabilização cada vez maior do solo urbano: as enxurradas.

 
O projeto chamou a atenção da Secretaria de Defesa do Cidadão de Blumenau, que pretende regulamentar o uso de sistemas de retenção de água da chuva – como o da Casa-Modelo – em novas construções da cidade, segundo o secretário Marcelo Schrubbe. “Hoje, qualquer chuva causa alagamentos aqui. Se Blumenau instituir políticas que obriguem novos imóveis a contar com sistemas assim, as enxurradas vão diminuir bastante”, garante o professor doutor Ademar Cordero (na foto, em frente à Casa-Modelo), do Departamento de Engenharia Civil da FURB, e que coordena os dois projetos.
 
A fórmula é simples: quanto mais áreas impermeabilizadas, seja pela construção de imóveis ou asfaltamento de vias, menos a água da chuva tem para onde escoar. Com boa parte dos bueiros entupidos, o problema vem à tona em chuvas rápidas e intensas, que alagam em instantes as partes mais baixas da cidade.
 
 
Pelos estudos realizados na Casa-Modelo, em uma precipitação de 100 milimetros, cada 100 metros quadrados de área construída ou impermeabilizada impedem o escoamento de até 10 metros cúbicos de água da chuva. Sob a edificação no Câmpus 2, um cisterna com 5 metros cúbicos recebe a água captada pelas calhas no telhado, passando antes por duas pré-filtragens, e podendo ser usada para regar plantas, lavar calçadas e carros ou para dar descarga em banheiros.
 
Se chove acima da capacidade da cisterna, um cano envia o excesso para uma trincheira com 1,5 metro de profundidade e 5 metros cúbicos de volume total, preenchida com brita – e que pode ser coberta por grama. “Esta vala acaba servindo como um reservatório extra para a água da chuva, que então infiltra com menor velocidade no solo. É uma solução individual, nos próprios imóveis, para o problema das enxurradas”, explica o professor Cordero.
 
Sustentabilidade
O projeto que gerou a construção da Casa-Modelo veio antes do sistema de captação da água da chuva. Com o objetivo de proporcionar uma alternativa mais barata para o problema da moradia, a casa foi construída em 2007 com placas cimentícias de madeira mineralizada, em pedaços com 1 metro de largura por 2,8 metros de altura ligadas por finos pilares de madeira. “É um material com bom isolamento acústico e térmico, e acelera muito o processo de construção de um imóvel em ralação ao uso de tijolos”, afirma Cordero, que calcula uma economia na obra de até 20% com o uso dos materiais.
 
A Casa-Modelo conta ainda com placas para captação de energia solar, garantindo o aquecimento da água utilizada no local e a alimentação do motor da cisterna.
Publicação: 07/03/2013 - Coordenadoria de Comunicação e Marketing | Foto(s): Leo Laps

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