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04/06/2014 - 10 anos do Parque Nacional da Serra do Itajaí


Preservar, ampliar visões, conscientizar, cuidar. São algumas das palavras de ordem destacadas por professores da Universidade Regional de Blumenau (FURB) ao comentar sobre as ações, projetos e a importância do Parque Nacional da Serra do Itajaí. Criado pelo decreto federal em junho de 2004, a reserva de 57 mil hectares completa nesta quarta-feira (04/6) 10 anos de pesquisas, curiosidade e luta pela conservação de um dos maiores espaços de floresta atlântica existente no Brasil.

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Com uma área que se estende por nove municípios do Vale do Itajaí (Blumenau, Indaial, Apiúna, Ascurra, Presidente Nereu, Vidal Ramos, Botuverá, Guabiruba e Gaspar) o parque tem sido se tornado campo de estudos e pesquisas de acadêmicos e professores sobre cada um de seus detalhes, como solo, vegetação, fauna e demais parâmetros. Muito desta pesquisa e manejo constante tem se concentrado no Projeto Restaurar, ação mantida pelo Departamento de Engenharia Florestal da FURB e que está recuperando 500 hectares de área verde do parque.
 
Sob a coordenação do professor doutor Marcelo Diniz Vitorino, o projeto utiliza técnicas de aceleração do processo de recomposição da floresta na área, antes ocupada em grande arte por pastagens, além de trazer aos pesquisadores envolvidos no projeto uma visão de como acontece o processo ecológico de restauração florestal no bioma Mata Atlântica.
 
Este trabalho de restauração foi ressaltado pelo professor doutor e responsável pelas pesquisas e preservações da fauna do projeto, Jorge Alberto Müller. Segundo ele, “há 50 anos, muitas famílias migraram para aquela região para ganhar a vida em pequenas propriedades. Não havia esta consciência ambiental que temos hoje. E nosso papel é de restaurar e trazer de volta estas áreas desmatadas para sua função original em nosso meio ambiente”.
 
Preservar é preciso
 
Os 10 anos de criação do Parque Nacional da Serra do Itajaí também foram destacados de forma especial por dois professores aposentados da FURB com uma íntima ligação com as histórias de luta e trabalho em prol de sua manutenção e preservação. Presente nas discursões que buscavam a instalação da reserva, a atual presidente da Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena), Lúcia Sevegnani, enalteceu a necessidade da criação de uma mentalidade que conserve a mata e seus recursos, especialmente para nossa qualidade de vida.
 
“São quase um milhão de pessoas no Vale do Itajaí que são abastecidas com a água vinda das nascentes do parque, são muitos que também são protegidos de desastres graças à preservação da reserva. E ainda há quem não saiba o quão importante é sua biodiversidade, seus processos naturais e sua função para nossa qualidade de vida. E é por isso que a população em seu entorno tenha a consciência de preservar esse verde que as rodeia”, disse.
 
Também presente entre os entusiastas pela criação e manutenção do parque, o vice-presidente da Acaprena, Lauro Bacca, destacou não apenas a importância ecológica e histórica da preservação de seus mananciais e biodiversidade, mas também citou o potencial econômico como um grande motivador para a conservação da área.
 
Segundo Bacca, “mesmo que tardiamente, o Brasil está começando a despertar-se para uma nova visão ambiental. Cada vez mais se procuram espaços verdes para várias atividades, não apenas de pesquisa, mas de lazer, como caminhadas, esportes e outros. Sabendo explorar sabiamente este espaço verde como o Parque Nacional, pode se ter muito mais do que um retorno positivo a qualidade de vida, mas também um benefício importante no turismo e na economia da cidade, e até do país”.
 
Em números, o professor aponta que as visitações a parques nacionais e reservas no Brasil podem superar 1,6 bilhões de pessoas a partir de 2016. “No Japão, mais de 200 milhões de pessoas por ano visitam parques, nos Estados Unidos já são mais de 300 milhões, e aqui em Blumenau basta tomar como parâmetro de sucesso o próprio Parque Ramiro Ruediger”. E conclui, “não se pode pensar a preservação em um tempo ‘político’, mas sim em futuro, especialmente se observada esta tendência e explorado este potencial”.
 
A professora Lúcia Sevegnani não esconde a alegria e o carinho que tem pelo trabalho que começou há 10 anos. “É um sentimento de compromisso com o envolvimento de todos com esta causa, de esperança que os governos se atentem ao patrimônio inestimável que tem em suas mãos, e de carinho pelo lugar que escolhi morar e me dedicar a cuidar”.
 
Atualmente, Lucia reside no Garcia, na região Sul de Blumenau, e onde se concentra a maior área verde, tanto do parque quanto da vegetação da cidade.
Publicação: 04/06/2014 - 13h51 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): Lúcia Sevegnani/Divulgação

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