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24/07/2014 - Roda de diálogo destaca a história e cultura indígena


O Grupo de Pesquisa Ethos, Alteridade e Desenvolvimento (GPEAD) da FURB, traz a história e cultura milenar dos Povos Indígenas do Vale do Itajaí para dentro da Instituição. Será promovido nesta sexta-feira (25/7), das 14h às 17h30, na sala F-103 (Campus I) uma roda de diálogo com o tema “Povo Indígena Xokleng-Laklãnõ – Uma cultura milenar no Vale do Itajaí: Desafios e perspectivas”. O encontro reunirá docentes, professores, pesquisadores, técnicos administrativos e a comunidade em geral em torno da trajetória e da atual situação da Terra Indígena no Alto Vale do Itajaí.
 
A professora doutora e líder do GPEAD, Lilian Blanck de Oliveira, uma das organizadoras do evento, destacou a importância de trazer ao público todo um universo que ainda é muito desconhecido pelos moradores de Blumenau e região. Segundo ela, “objetivamos mostrar e discutir um pouco da história milenar destes povos que há muito tempo estão presentes em nosso meio, o que não se restringe apenas a isto, mas também buscar dar visibilidade de sua situação nos dias atuais”, diz.
 
Estarão presentes para conduzir a roda de diálogo dois convidados que conhecem de perto a realidade da Terra Indígena atualmente: O assessor de projetos do Conselho de Missão entre Povos Indígenas (Comin), Jasom de Oliveira, e o professor da escola Estadual Vanhecu Patté, Altieris Pripá. “São pessoas que conhecem a fundo não só a trajetória dos indígenas, mas também a situação em que se encontram as aldeias”, afirma a professora Lilian.
 
Estudar, conhecer e reparar
 
“Há muito que devemos aprender com os índios”, esta é uma frase quase que via de regra em que a professora doutora e líder do Grupo de Pesquisa Ethos, Alteridade e Desenvolvimento (GPEAD), Lilian Blanck, define a importância do morador do Vale em conhecer o estilo de vida e a sabedoria dos povos indígenas da região. “A vida dos indígenas tem o seu tom de tranquilidade, de desapego a bens materiais, de proximidade com o próximo, e que hoje a perdemos irremediavelmente”, afirma.
 
A Terra Indígena está localizada essencialmente no Alto Vale do Itajaí, e se estende por quatro municípios da região (José Boiteux, Vitor Meireles, Itaiópolis e Doutor Pedrinho). São mais de 600 famílias residentes nas nove aldeias do território, sendo oito da etnia Xokelng-Laklãnõ (Sede, Barragem, Palmeira, Figueira, Coqueiro, Toldo, Pavão e Bugio) e uma Guarani (Takuaty). O histórico de convênios governamentais e protestos já é longo e se agravou ainda mais após a conclusão, em 1992, da Barragem Norte, que prejudica vários setores essenciais como educação, saúde e transporte entre as aldeias durante as cheias.
 
“Temos um discurso histórico e um preconceito que precisa ser reparado. A FURB mantém em atividade outros grupos de pesquisa e estudos, além do GPEAD, que estudam a história, a tradição e, sobretudo, a realidade vivida pelos indígenas”, afirma Lilian.
 
Para ela, um dos grandes projetos a ser conduzido pela Universidade, seria a criação de um Núcleo de Estudos Indígenas, para agregar os resultados das pesquisas destes grupos. “A roda de diálogo pode ser um ponto de partida para esta ideia, de reunir os trabalhos desenvolvidos, uma vez que o ensino da história e cultura indígena é obrigatório pela Lei 11.645/08”, diz.
 
A roda de diálogo “Povo Indígena Xokleng-Laklãnõ – Uma cultura milenar no Vale do Itajaí: Desafios e perspectivas” tem entrada gratuita e é aberta a comunidade. Docentes e servidores FURB devem fazer a inscrição via internet para confirmar a atividade em sua formação.
 
Publicação: 24/07/2014 - 15h03 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): Divulgação

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