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16/12/2014 - Tecnologia do drone auxilia o ensino na FURB

Ele saiu dos campos de batalha e é um dos mais importantes avanços tecnológicos da atualidade. Permite voar grandes distâncias sem que o piloto saia do chão, controlando-o por um aplicativo de celular ou tablet. Apesar da falta de regras e dúvidas, já é descoberto por muitos como uma ferramenta para inúmeras tarefas. Este é o universo do drone, equipamento que fascina a mente dos aficionados por voo e informática, e que na FURB é uma das ferramentas usadas no ensino e preparo dos acadêmicos do sétimo e oitavo semestre do curso de Ciência da Computação.
 
O aparelho é a mais nova vedete da disciplina Sistemas e Informática, ministrada pelo professor Dalton dos Reis. Segundo ele, a inclusão do drone nas aulas apenas reforça a soma que faz entre o aprendizado e o lado lúdico, quase como uma brincadeira. “Eu, por exemplo, trabalho e me divirto desta forma. A proposta de trazer equipamentos como o drone para a sala de aula busca justamente misturar o ensino como um objeto semelhante a um brinquedo. Esta soma de fatores propicia o primeiro contato do aluno com esta tecnologia e auxilia no desenvolvimento técnico dentro da academia”, explica.
 
O equipamento em questão é um modelo AR.Drone 2.0, fabricado pela empresa francesa Parrot. Para as aulas, Reis utiliza o drone adquirido em novembro pela FURB, por meio do Projeto Pró-Docência da Capes, para o Laboratório Interdisciplinar de Formação do Educador (LIFE). Outro drone deve chegar a FURB em fevereiro de 2015. Este segundo equipamento foi adquirido com recursos do Projeto Acredito e será exclusivo do Departamento de Sistemas e Computação (DSC) da Universidade. 
  
Uso em aula e futuro
 
Apesar do futuro promissor, a tecnologia do drone ainda tem empecilhos que impedem a utilização em larga escala. Além do fator mercado e aceitação do público, o aparelho enfrenta, segundo o professor Reis, entraves como a questão de regulamentação, segurança e até mesmo invasão de privacidade. “Tudo é uma questão de custo-benefício e de utilização dentro de normas. É como um brinquedo de gente grande, mas também necessita de elementos como fiscalização, regulamentação para uso profissional e até mesmo monitoramento, pois mexe diretamente com o tráfego aéreo”, explica.
 
Ainda segundo o professor, mesmo nos corredores acadêmicos, usar o equipamento requer cautela e adaptações para que possa ser usado efetivamente nas aulas. “Prevemos para o próximo ano adaptar o laboratório de robótica (S-429, Campus 1) para permitir mais segurança na operação dos drones”, aponta.
 
Apesar dos entraves e questões a resolver, o sucesso do drone e as inovações que traz já garantem ele um espaço de destaque entre as tecnologias que enchem os olhos do mundo e que dão continuidade à revolução da era do computador. “A tecnologia fascina o ser humano a partir do momento que ela reproduz algumas das funções que o próprio ser executa. O drone é apenas mais um destes exemplos e, pelas tantas facilidades que traz, promoverá revoluções em outros tantos momentos do nosso cotidiano”, explica o professor Reis.

Por dentro do drone
 
O drone é classificado como um Veículo Aéreo Não-Tripulado (VANT), já que pode ser controlado em solo ou até programado para rumar ao destino desejado. Pode ser comparado a um aeromodelo apenas na forma de uso, pois no geral, o drone permite um leque maior de funções. O aparelho não necessita de uma pista especial de decolagem, pode planar no ar e é simples de pilotar, já que é comandado e programado por meio de um aplicativo que varia de acordo com a tarefa. 
 
O drone consegue guiar-se através de uma soma de tecnologias que calculam precisamente qualquer elemento que o mantém em voo. O primeiro é o deslocamento, regulado por meio de acelerômetros acoplados nas hélices do aparelho e que controlam a velocidade de movimento. Outro componente é o giroscópio em 3D, que regula a direção do drone e permite que seja comandado independente da posição do operador. Por fim, sensores calculam a pressão do ar que o mantém em flutuação. Os comandos e a programação de rota são enviados ao drone via wi-fi e permitem que o controlador o guie a uma distância de 50 metros. Aparelhos mais sofisticados, que diferem no número de hélices e componentes, podem alcançar de 250 a 300 metros de distância do “controle”.
 
Outro elemento importante é a visão, garantida por duas câmeras acopladas ao drone. A primeira grava imagens em HD e fornece ampla visualização de movimentos ao operador. A outra é uma câmera QVGA, que auxilia o próprio drone no deslocamento e no pouso. A precisão para chegar aos destinos traçados é regulada por meio de um GPS (equipamento avulso) ou por sensores denominados “beacons”, que, assim como o GPS, permitem precisar o ponto de destino, mas com muito mais exatidão.
 
Tudo é controlado por um aplicativo especial que alia dados de voo e programação a uma rede social que registra voos e permite a troca de informações entre os usuários. “Toda esta soma de tecnologias é que permite o funcionamento do drone, seja controlado ou sozinho. É um equipamento de funcionalidade simples e que por isso tem chance de emplacar bem no mercado no futuro”, explica o professor Reis.
Publicação: 16/12/2014 - 11h33 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): André Luiz Bonomini/Estagiário

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