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18/03/2015 - Dissertação aborda enunciados sobre sexualidade na escola

A mestranda Cristiane Theiss Lopes, do Programa de Pós-Graduação em Educação da FURB, defende no próximo dia 27 de março a dissertação intitulada “Os enunciados sobre sexualidade que circulam no espaço escolar: análise de um dispositivo”. A defesa ocorre a partir das 9 horas, na sala I-305 (Campus 1).
 
O trabalho é orientado pelo professor Dr. Celso Kraemer (FURB). Integram, ainda, a Banca Examinadora, os professores Drs. Selmo Haroldo de Resende (UFU/MG);  Rita de Cássia Marchi (FURB) e  Osmar de Souza (FURB).
 
A pesquisa tem aprovação do Conselho de Ética da Universidade, bem como é financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) através do projeto do grupo Vozes e Saberes de si  da linha de pesquisa Vertentes do Pensamento Crítico e Educação que se intitula Vozes e saberes de si: discutindo sexualidades e homoafetividades na educação e na escola, à qual a dissertação está vinculada. A pesquisa também conta com apoio financeiro da CAPES, através de bolsa de mestrado.
 
Através do método arqueológico e genealógico, o trabalho faz uma análise bibliográfica-documental e de entrevistas. A pesquisa é qualitativa. A região que envolve a pesquisa realizada pelo projeto, bem como a dissertação, é o Médio Vale do Itajaí-SC. A dissertação tem como pergunta/problema: Quais os enunciados que caracterizam o dispositivo de sexualidade entre os escolares? Quanto aos objetivos, o geral é compreender o dispositivo de poder nos enunciados sobre sexualidade nos ambientes escolares, entre professores e alunos. Os objetivos específicos são 1- Identificar os enunciados sobre sexualidade nos discursos que permeiam os espaços escolares; 2- Analisar o dispositivo de sexualidade nos discursos dos escolares; 3 – Discutir as sexualidades contemporâneas a partir da genealogia de Michel Foucault.
 
A partir das leituras Foucaultianas, segundo a mestranda, percebe-se a sexualidade como um dispositivo estratégico de poder. Foucault diz que o discurso sobre a moderna sexualidade se implantou a partir da articulação entre poder-saber-prazer, constituindo o dispositivo da sexualidade. (FOUCAULT, 1988). É através do dispositivo da sexualidade que se organiza a vida, seja nas instituições, como a escola, por exemplo, onde o corpo é a todo momento sujeitado a certas práticas, seja na ciência e na medicina, que produzem verdades sobre os corpos, sejam na gestão do Estado. Todas essas práticas estão envolvidas com a Biopolítica, a política sobre a vida (Foucault, 1988).
 
Logo, a perspectiva que se trabalha nesta dissertação, informa a mestranda no resumo, “parte do conceito de sexualidade, visto como um dispositivo estratégico nas relações de poder, fazendo parte da biopolítica como práticas de subjetivação. O que cruza os capítulos dessa dissertação é a “problematização” da sexualidade”. Assim o que se discute no primeiro capítulo é “de que maneira, na Antiguidade, a atividade e os prazeres sexuais foram problematizados através de práticas de si, pondo em jogo os critérios de uma ‘estética da existência’” (FOUCAULT, 1984, p.19) bem como o deslocamento e a mudança dessa “moral sexual” no cristianismo medieval, chegando até as discussões modernas e à maneira como “especialistas” interpretam a sexualidade "através da medicalização dos efeitos da confissão”, nas clínicas, consultórios e divãs.
 
No segundo capítulo o que se discute é a problematização da sexualidade na instituição escolar e nas políticas que a regulamentam, sendo discutido o documento Parâmetro Nacional Curricular (PCN) volume 10, que trata sobre Orientação Sexual, a fim de perceber o discurso institucional das políticas educacionais no que organizam os currículos escolares. E por fim, no terceiro capitulo se apresenta a análise das falas dos escolares com o objetivo de discutir, através das categorias organizadas, os enunciados que caracterizam os discursos sobre sexualidade dos sujeitos participantes da pesquisa. Nesse jogo discursivo se problematiza a sexualidade enquanto dispositivo na trama das relações de saber-poder –prazer, explica a mestranda.
Publicação: 18/03/2015 - 11h52 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): Divulgação

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