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26/11/2015 - Dissertação prega melhor gestão do risco de desastres

A mestranda Maria Roseli Rossi Avila, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da FURB, fará a defesa pública da sua dissertação na próxima segunda-feira, dia 30, a partir das 14 horas, na sala R-301 (campus 1).
 
O título do trabalho é “Em Blumenau tudo é risco”  - a percepção e a gestão dos desastres na comunidade da rua Pedro Krauss Sênior (Blumenau/SC) no período de 2008 a 2015”.
A Banca Examinadora é integrada pelo Prof. Dr. Marcos Antonio Mattedi (FURB-Presidente); Profa. Dra. Jacqueline Samagaia (UFBA); Prof. Dr. Luciano Felix Florit (FURB); Prof. Dr. Gilberto F. dos Santos (FURB).
 
Resumo da dissertação
 
Este trabalho visa investigar a percepção e a gestão dos desastres com base no estudo dos desastres na comunidade da Rua Pedro Krauss Sênior em Blumenau/SC no período de 2008 a 2015. Foi desenvolvido no âmbito do Núcleo de Estudos da Tecnociência (NET), na Linha de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR), Estado, Sociedade e Desenvolvimento no Território.
 
A comunidade Pedro Krauss foi uma das mais atingidas pelo desastre ocorrido em novembro de 2008 em Blumenau. Apesar de estudados nas mais diversas áreas do conhecimento, a reflexão sobre as dimensões territoriais do desastre, a produção da vulnerabilidade e as consequências da gestão política dos desastres permanecem pouco exploradas. O processo histórico de produção da vulnerabilidade de uma dada região exige a ponderação de fatores geofísicos e espaciais, sociais, econômicos, culturais e ambientais. Além de se considerar o padrão de ocupação e de desenvolvimento do território.
 
O Desenvolvimento Regional (DR) tem características multidimensionais, multidirecionais e multissignificativas e, a partir desta tríade, contribuiu para: 1) investigar como a sociedade produz e reproduz o desastre territorialmente para determinar as relações entre desenvolvimento regional e desastres; 2) estudar como se estabelece a gestão dos desastres e qual a atuação do Estado para entendermos como as ações políticas contribuem para a reprodução dos desastres; e 3) pesquisar a percepção do risco e as estratégias de organização dos moradores da Pedro Krauss para determinarmos se houve aprendizado social no enfrentamento dos desastres na comunidade a ser pesquisada.
 
Discutimos o processo de produção territorial do desastre, a construção social do risco, o histórico de desastres na região e as estratégias de gestão no enfrentamento das situações de emergência. O trabalho é um misto de estudo de caso e etnográfico. É teórico-empírico, exploratório e analítico-descritivo. Além da relevância das discussões para o DR e a região, o estudo é inédito por considerar uma amostra constituída por: três moradores da comunidade entrevistados em 2013 e novamente em 2015, dois gestores da Secretaria de Assistência Social (o atual e o Gestor de 2008), o atual Gestor e um técnico da Defesa Civil que atuou em 2008. Ainda foram entrevistados três especialistas, sendo dois da Universidade Regional de Blumenau (FURB) e um da Secretaria de Geologia do município.
 
O estudo trouxe contribuições em dois aspectos: o primeiro refere-se à produção acadêmica e o segundo à sua relevância social, oportunizando a interlocução teórico/prática. Os resultados constam do corpo deste trabalho e evidenciam a necessidade de uma mudança total de paradigmas para que possamos atuar na gestão de risco de desastres e não na gestão dos desastres como temos feito até hoje. Vimos que os desastres têm relação com o desenvolvimento regional da região, o padrão de ocupação e a forma de utilização dos recursos. Que o processo histórico da produção da vulnerabilidade a desastres passa pelo desenvolvimento socioeconômico e territorial do Vale do Itajaí e região.
 
Também constatamos que em termos de políticas públicas na área, o país é servido por um arcabouço institucional com capacidade de dar sustentação a um sistema nacional de gestão de riscos e desastres. No entanto, este necessita contar com apoio dos níveis centrais do processo decisório para que possa viabilizar a interação dos diferentes atores sociais e setores do governo em todos os níveis (federal, estadual, municipal e até internacional). Este sistema integrado de gestão do risco de desastres deve ter como objetivo central atuar na prevenção de forma a intervir nas causas do fenômeno para que haja redução do risco. Causas como o desenvolvimento socioeconômico da região, o uso e ocupação dos solos, a forma como o homem se relaciona e utiliza os recursos da natureza.  
Publicação: 26/11/2015 - 10h31 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): Divulgação

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