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21/03/2016 - Manifestações populares marcam colóquio de Jornalismo


As recentes manifestações políticas e populares contra o governo federal influenciaram os resultados da pesquisa científica sobre a mídia brasileira, como revelou o Colóquio Nacional de Jornalismo Comparado, realizado dia 16, com a participação de alunos e professores do curso de Jornalismo da FURB, por meio de uma webconferência.
 
A iniciativa partiu do coordenador da Cátedra Unesco de Comunicação no Brasil,  professor Dr. José Marques de Melo, da Universidade Metodista de São Paulo, que convocou 30 doutores de diversas regiões do país para realização da pesquisa denominada “Um dia de crise na imprensa brasileira”. 
 
Há 50 anos Marques de Melo também realizou uma análise sobre os gêneros jornalísticos em três periódicos brasileiros, exatamente no dia 17 de março de 1966, trazendo a reflexão do sensacionalismo no âmbito policial. A mesma metodologia esteve em discussão na manhã do dia 17, no Colóquio Nacional de Midiologia Comparada.
 
Com o propósito de divulgar os resultados de uma análise realizada em jornais de todos os estados brasileiros em 2015,  para comparação com o atual estado do jornalismo, usando como método a pesquisa feita pelo professor José Marques de Melo 50 anos atrás, os pesquisadores se encontraram pelo skype. Além de várias regiões do Brasil, estiveram presentes pesquisadores brasileiros que se encontram na Rússia e Uruguai.
A coordenadora do curso de Jornalismo da FURB, Roseméri Laurindo e a professora Clarissa Josgrilberg que integram o Grupo de Pesquisa sobre Gêneros Jornalísticos da Intercom, coordenaram localmente o colóquio.
 
Laurindo aponta que os jornalistas devem adequar os métodos utilizados há 50 anos para o crítico cenário atual em que o Brasil está inserido. "Temos muito a contribuir para a análise dos demais pesquisadores, visto que também estamos convivendo com o jornalismo digital, conseguimos diferenciar as características da época em que a pesquisa foi feita com a pesquisa atual”, relatando também que o papel do jornalista no campo da comunicação é compreender a atualidade e ressalta que a pesquisa pode contribuir para outros campos de estudo como Sociologia e História. 
 
A professora Clarissa descreveu a análise feita em 17 de março de 2015, do Jornal a Hora de Santa Catarina, quando ocorreu um grave acidente neste dia envolvendo um ônibus que deixou muitos mortos e feridos, e a partir da análise concluiu que a tragédia prevaleceu acima de qualquer assunto político-econômico que também movimentava o país.
Afirma ainda que o caso do ex-presidente Lula que busca assumir como ministro da Casa Civil, contamina o resultado da pesquisa deste ano para comparar com os 50 anos antecedentes. Clarissa propõe que seja feita a junção das análises resultando em um trabalho para além da fronteira regional "Analisar o que muda de 50 anos atrás com a atualidade e fazer comparações regionais e nacionais", pontua. 
 
Em uma rápida entrevista aos estudantes de jornalismo após finalizar a webconferência Ricardo Alvarenga, que sequenciou o colóquio fala da perspectiva e mutação dos gêneros jornalísticos. “A partir das recorrências dos gêneros alternativos vamos conseguir dar mais voz também ao público e não somente jornalistas”, conclui. A pesquisa foi submetida no edital para publicação na universidade e o resultado será divulgado no fim do mês.
Publicação: 21/03/2016 - 12h27 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): Divulgação

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