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31/05/2016 - Reitor recebe vice da CAPES:na pauta, cortes e desligamentos


O reitor João Natel recebeu ontem, em audiência, o Prof. Dr. Arlindo Philippi Jr., vice-presidente e diretor de Avaliação da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), órgão vinculado ao Ministério da Educação.
 
A conversa foi acompanhada pelo pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Cultura, Alexander Christian Vibrans, e professores do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR), o coordenador Marcos Mattedi, o vice-coordenador Oklinger Mantovaneli Junior e Carlos Cioce Sampaio, que ontem à tarde assumiu, em Brasília, como novo coordenador da Área de Ciências Ambientais da Capes.
 
O diálogo girou em torno do momento em que vive o País, os cortes orçamentários do governo federal e os reflexos nos programas da Capes. O professor Arlindo repassou algumas informações, mas sob a condição de dirigente que colocou seu cargo à disposição e está se desligando definitivamente da Capes, voltando para sua carreira (GT) na USP (sem precisar data), por conta da troca de comando na Presidência da agência de fomento.
 
Segundo ele, com a mudança do ministro da Educação, o presidente desde maio de 2015, Carlos Nobre (que o convidou para a Diretoria da agência), será substituído por Abílio Baeta Neves – atual diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), que já foi presidente da Capes.
 
Para o professor Arlindo, a Capes é uma instituição de Estado e, como tal, deve ter continuidade nos seus projetos, em que pese os cortes programados. “A preocupação é manter as bolsas, o portal Periódicos, e a comunidade está atenta”, garantiu.
 
Disse que 12 grupos de trabalho estão discutindo vários indicadores e que até 30 de junho vão entregar seus relatórios. “A comunidade científica está respondendo de forma significativa, o que deve render um bom trabalho de prospecção do que ela deseja para o próximo quadriênio (que começa em 2017), para análise final do Conselho Técnico-Científico. Além disso, o CTC está discutindo a qualidade da pós-graduação brasileira, aprimorando o sistema nacional de avaliação. “Sempre há necessidade de ajustes, é um processo”, afirmou.
 
Sobre a revisão de critérios no programa de concessão de bolsas, informou que haverá maior equilíbrio entre os programas de pós e que novos cortes orçamentários devem ocorrer por conta do contingenciamento do MEC que seria de R$ 9 bilhões e agora já se está sinalizando quase o dobro disso – mas ainda não se sabe qual a redução na Capes.
 
Com os novos cortes no MEC, por exemplo, o programa Ciência Sem Fronteiras será mesmo suspenso. “Os que estão no exterior terão que completar o curso no prazo e retornar, o que deve ocorrer na sua maioria até setembro”, disse. Já o Portal de Periódicos, que tinha garantido 105 milhões de dólares, ficará com menos, em torno de 85 milhões.
 
O dirigente também informou sobre as correções no Qualis Periódicos, na plataforma Sucupira, que ficou instável e gerou relatórios ruins, mas garante que poucas áreas apresentaram problemas. Ontem à tarde seriam realizados testes. A ideia é começar logo as atualizações com os dados de 2015. “A comunidade científica foi paciente”, elogiou.
 
O professor Natel questionou, ainda, sobre a proposta de compartilhamento docente com programas strictu sensu de outras universidades, citando como exemplo o curso de Direito da FURB, que completa 50 anos em 2017 e pretende instalar um mestrado após o Dinter com a Unisinos. “Creio que não há outra alternativa, deve-se avançar na pós-graduação através da associação de especialidades, na interdisciplinaridade”, afirmou.
 
A questão é como fazer. “As universidades devem trabalhar em conjunto e garantir a estrutura e mobilidade docente, pois a Capes está em retração orçamentária de R$ 6,1 para R$ 5,3 bilhões, apesar de receber atenção especial no contingenciamento do MEC, até porque já tem uma estrutura enxuta e transparente, com análise positiva do Tribunal de Contas da União”, afirmou.
 
O professor Arlindo também anunciou que está em curso o reconhecimento mútuo de títulos de mestrado e doutorado com a Grã-Bretanha, demonstrando a qualidade da pós-graduação brasileira. Mas que pode avançar mais, opina. “A sociedade brasileira precisa ter clareza do que significa para ela os investimentos em ciência e tecnologia. Na Grã-Bretanha é lei: todos os programas de pós precisam demonstrar o impacto social de suas pesquisas”, disse, já adiantando o foco central de sua palestra, à tarde.
 
-- Em 2008, com a crise na Europa, a Grã-Bretanha cortou orçamento em todos os ministérios, menos na ciência e tecnologia, por considerar que vem atendendo os critérios acordados. A Capes está nesse movimento, também, porque se sabe o quanto é importante para o Brasil manter esse investimento, mas é necessário medir o impacto social das pesquisas aqui também. Essa clareza de propósitos rende inclusive mídia positiva, como ocorreu na USP, afinal temos que melhorar nossa comunicação científica à sociedade”, explicou.
 
Em seguida, o ainda vice-presidente da Capes reuniu-se, em outra sala, com os coordenadores de programas de pós-graduação da FURB (que formam o Conselho Técnico da Pós-Graduação), quando respondeu uma série de questionamentos sobre cortes, periódicos, livros, plano quadrienal, entre outros temas, a serem repassados para o corpo docente.
 
Após a apresentação de toda pós-graduação e da pesquisa pelo pró-reitor Vibrans, o dirigente da Capes elogiou a nova política da FURB, aprovada em dezembro de 2015, que tem como princípios a interdisciplinaridade e a internacionalização dos programas de mestrado e doutorado, o foco no pós-doutorado, além das pretensões do Doutorado em Educação e do Mestrado em Engenharia Elétrica. 
Publicação: 31/05/2016 - 12h39 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): Michel Ivon Imme Sabbagh

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