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ARQUIVO DE NOTÍCIAS


24/10/2017 - SIGAD revela nova redução de empregos em Blumenau em 2016


O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou dia 19/10 os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2016. A RAIS é como se fosse um censo do mercado de trabalho formal.
 
Em Blumenau, os dados da RAIS/MTE foram apurados pelo projeto SIGAD FURB (Sistema de Informações Gerenciais e de Apoio à Decisão), um projeto vinculado ao Departamento de Economia e ao Programa de Extensão Observatório do Desenvolvimento Regional da FURB, revelando que, assim como em 2015, houve uma redução no número de empregos formais em 2016. Enquanto a redução em 2015 foi de -4.421, em 2016 foram eliminados -3.279 empregos formais.
 
O número total de empregos formais recuou de 132.925 em 2015 para 129.646 em 2016, representado uma queda de 2,47% (em Santa Catarina a queda foi de 2,09% e no Brasil de 4,16%).
 
Dessa forma, o nível de emprego em Blumenau voltou a um patamar próximo ao de 2010, quando apresentava 128.888 empregos formais, segundo o professor Nazareno Schmoeller, vinculado ao Departamento de Economia e ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR/FURB).
 
Apesar dessa significativa redução, a série histórica mostra que ainda assim a queda acumulada do emprego em 2015 e 2016 (que totaliza -7.700) é inferior aos períodos 1994-1998 (-8.693) e 1990-1991 (-12.169), conforme pode-se observar no Gráfico 1 (no rodapé da página), que apresenta os saldos de empregos de cada ano.
 
O salário médio evoluiu de R$ 2.334,88 em 2015 para R$ 2.513,26 em 2016, o que representa crescimento nominal de 7,64%. Porém, ao ajustar os valores à inflação do mesmo período, levando em consideração o IVGP (Índice de Variação de Geral de Preços) da FURB, chega-se a um crescimento real de apenas 0,11% no salário médio do trabalhador formal em Blumenau. Já a massa salarial obteve uma redução de 2,36% em termos reais, evidenciando que, apesar da pequena evolução real no salário médio, em termos agregados a soma dos salários de todos os trabalhadores formais reduziu, em função do impacto gerado pela redução no número de empregos formais.
 
Se compararmos a evolução de empregos formais do município de Blumenau com Santa Catarina e Brasil nos últimos dez anos (2007-2016), constata-se que, em Blumenau, a geração de empregos nesse período (24,05%) foi inferior ao Estado (35,63%) e ao País (31,02%). O gráfico 2 apresenta esta evolução, tomando como base o ano de 2006 (2006 = 100).
 
Na análise dos dados por setores da economia observou-se que a Indústria de Transformação, que ocupa 33% da massa de trabalhadores de Blumenau, foi o setor que mais eliminou postos de trabalho (-1.353); o segundo que mais demitiu foi o setor de Serviços (-1.266), responsável por 36% dos empregos, seguido pela Construção Civil (-1.020), que representa 4% dos trabalhadores formais e Comércio (-1.019), que emprega 20%. Por outro lado, a Administração Pública, setor que representa 6% da massa de trabalhadores de Blumenau, teve saldo positivo de 1.339 empregos, passando de 6.518 em 2015 para 7.857 em 2016. É o que se pode observar no Gráfico 3.
 
Considerando o setor de comércio e serviços, sem a administração pública, observou-se que o saldo de demissões deste setor foi maior em 2016 em comparação com o ano anterior. Em 2016, o saldo foi de -2.285, enquanto em 2015 o saldo foi de -559. Fenômeno inverso ocorreu com a indústria de transformação, o saldo de demissões foi maior em 2015, -3.594, contra -1.353 em 2016 (Tabela 3).
 
Como explicam os manuais, a crise atinge primeiro o setor industrial, para depois se propagar para os outros setores com certa defasagem. Na retomada é a indústria que também transmite os primeiros sinais positivos. Acredita-se que em 2017 o mercado de trabalho já esteja mais estabilizado, com a retomada prevista para 2018, se tudo der certo.  
 
Já em termos de ocupação, os escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos apresentaram a maior redução no número de empregos formais (-761), seguidos de escriturários contábeis e de finanças (-455), trabalhadores da construção civil e obras públicas (-403), condutores de veículos e operadores de equipamentos de elevação e de movimentação de cargas (-376) e professores e instrutores do ensino profissional (-265). Por outro lado, os professores de nível superior na educação infantil e no ensino fundamental obtiveram o maior número de admissões em 2016 (777), seguidos de professores leigos no ensino fundamental e no profissionalizante (464), profissionais de relações públicas, publicidade, marketing e comercialização (368), professores do ensino médio (184) e operadores de instalações em indústrias químicas petroquímicas e afins (141) (Tabela 1).
 
Por fim, em termos de grau de instrução, somente o grupo de trabalhadores com o Superior Completo obteve saldo positivo(1.282). Por outro lado, os trabalhadores com Fundamental Completo foi o que teve o maior saldo negativo (-2.004), seguido de Médio Incompleto (-1.083), Médio Completo (-675), Ensino Fundamental – Anos Finais – Incompleto (-329), Ensino Fundamental – Anos Iniciais – Completo (-240), Ensino Fundamental – Anos Iniciais – Incompleto (-183), Superior Incompleto (-26) e Analfabetos (-21). VEJA O Gráfico 4.
 
Em comparação com as maiores cidades do Estado, com exceção de Florianópolis, que teve saldo positivo de 5.723 empregos (maior parte professores do Estado), Blumenau (-2,47%) está um pouco pior que Criciúma (-1,73%) e Chapecó (-1,91%), e melhor que Joinville (-3,69%), São José (-5,04%), Itajaí (-5,41%) e Jaraguá do Sul (-6,28%). Em termos absolutos Joinville perdeu -7.352 empregos, justamente por ser a maior cidade e o maior PIB do Estado.
 
ALÉM DOS 3 GRÁFICOS, VEJA TAMBÉM AS 3 TABELAS NO RODAPÉ DA PÁGINA:
 
 Tabela 1 -  Blumenau - Saldos de empregos por ocupação – 5 com os maiores saldos positivos e 5 com os maiores saldos negativos.
 
 Tabela 2 – Total de trabalhadores formais, saldo e variação %, 2015 e 2016.
Maiores municípios de SC. 
 
Tabela 3 – Total de empregos e saldos 2015, 2016 e saldos por subsetores - Blumenau.
 
Mais informações com o Prof. Me. Nazareno L. Schmoeller 3321-0522.
Publicação: 24/10/2017 - 11h43 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): Divulgação

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