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20/06/2017 - Pesquisa avalia videoaulas como recurso didático


O mestrando Luciano Dias da Silva, do Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências Naturais e Matemática da FURB, defende nesta terça-feira (20-06), às 13h30min, na sala D 401, Campus I, a dissertação intitulada  A Videoaula no Ensino Médio como Recurso Didático Pedagógico no Contexto da Sala de Aula Invertida. A pesquisa foi orientada pelo Prof. Dr. Maurício Capobianco Lopes.
 
 A dissertação apresenta o resultado de uma pesquisa-ação cujo objetivo é analisar o uso de videoaulas como recurso didático utilizando a sala de aula invertida. A aplicação da sala de aula invertida utilizando videoaulas em aulas de Físico-Química ocorreu no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) – câmpus Gaspar – entre o segundo semestre de 2015 e o primeiro semestre de 2016 e envolveu três turmas de ensino técnico integrado ao ensino médio, com um total de 62 alunos com idades entre 15 e 19 anos.
 
Metodologia
A pesquisa é justificada por ser a sala de aula invertida ainda pouco difundida e pouco conhecida pelos professores da educação básica no Brasil. Os instrumentos utilizados para a geração dos dados foram a internet (para a seleção das videoaulas), as anotações do professor-pesquisador, um questionário de avaliação aplicado aos alunos, uma entrevista não estruturada com o coordenador do curso técnico em Química e os diários de classe das turmas. Foram definidos critérios de análise e seleção de videoaulas, foi analisada a forma como os alunos atuaram dentro da proposta metodológica e, a partir da percepção dos sujeitos envolvidos, foi avaliada a viabilidade da metodologia proposta. Como produto educacional foram gravados vídeos para compor uma playlist no YouTube, cujo objetivo é servir como guia de implementação da sala de aula invertida para os professores que se interessarem pelo tema, além de playlists com as melhores videoaulas utilizadas durante a execução do projeto, cuja criação visa facilitar a organização dos estudos de cada aluno e a pesquisa dos professores que não tenham tempo de fazer sua própria seleção de videoaulas.
 
Resultados
A análise do processo mostrou que o maior problema para a implantação da sala de aula invertida foi a resistência dos alunos a uma metodologia baseada no papel ativo deles próprios: os alunos continuam dependentes de um professor explicador. Mais de 90% dos alunos aprovaram a indicação de videoaulas pelo professor, mas mais da metade preferem-nas somente como revisão. Na turma em que houve a maior adesão à metodologia obteve-se o menor índice de reprovação, indicando o potencial da sala de aula invertida quando há o efetivo engajamento dos estudantes. Esse dado, contudo, não é suficiente para afirmar que a sala de aula invertida favorece a aprendizagem, sendo necessário um estudo mais profundo nessa questão. Também seria interessante pesquisar até que ponto a resistência dos alunos à metodologia proposta seria diferente se fosse adotada por mais professores. Como proposta de continuidade da pesquisa, sugerimos estudar os efeitos da combinação da sala de aula invertida com a rotação por estações. Os resultados da pesquisa permitem concluir que a viabilidade da sala de aula invertida como proposta metodológica está condicionada ao efetivo engajamento dos alunos e que um bom relacionamento destes com o professor é fundamental para atingir este objetivo.
 
Publicação: 20/06/2017 - 11h17 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): Divulgação

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