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22/08/2014 - Políticas linguísticas para o ensino de línguas na região


A mestranda Estela Maris Bogo Lorenz, do Programa de Pós-graduação em Educação da FURB, defende nesta terça-feira (26-08), às 14 horas, na sala I 305 do Campus I, a dissertação intitulada Políticas linguísticas para o ensino de línguas em cenário de imigração no Vale do Itajaí, SC. O trabalho foi orientado pela Profa. Dra. Maristela Pereira Fritzen. Esta pesquisa, visa à compreensão dos movimentos políticos, nacionais e locais, acerca do ensino do italiano no sistema de ensino do município de Rodeio, SC, antiga zona de imigração.
 
 Quanto à metodologia, a pesquisa compreende a análise de leis e documentos nacionais, estaduais e municipais relacionados às políticas linguísticas, bem como a análise dos enunciados de um professor colaborador no que diz respeito à elaboração de documentos para inserção do italiano como disciplina obrigatória em escolas no município de Rodeio. A investigação é de cunho qualitativo/interpretativo e o corpus compõe-se da transcrição da entrevista semiestruturada com o referido professor, bem como das leis e documentos das três esferas: a nacional como a LDB, PCN, OCEM e Resoluções; documentos estaduais como PC-SC, Projeto MAGISTER e edital de concurso público e, os municipais como leis municipais, Projeto O ensino de língua italiana e a ata da implantação do italiano nas escolas.
 
Para a contextualização da pesquisa, discute-se a imigração em massa nas últimas décadas do século XIX, além de um recorte histórico da colonização italiana no Vale do Itajaí. O capítulo de análise é teoricamente fundamentado nas áreas da Linguística Aplicada e da Educação, no tocante aos estudos sobre a escolarização em contextos de línguas minoritárias. A análise dos registros foi feita a partir de divergências e convergências entre os enunciados das leis e documentos e do sujeito entrevistado.
 
Como resultados, depreendem-se movimentos político-linguísticos em torno do ensino da língua italiana que ora divergem, ora convergem com as representações de língua e dialeto presentes tanto nas leis e nos documentos como na voz do sujeito. No que diz respeito à questão do reconhecimento da língua de imigração, como disciplina no currículo escolar, há a abertura da lei e os movimentos locais de instituição de uma política linguística a favor da língua de imigração para a manutenção da identidade local. No entanto, no contexto desta pesquisa observou-se que houve, novamente, na rede estadual, uma política monolíngue adotada, retirando o italiano do currículo das escolas. Há de se considerar que nenhum documento ou lei expressa a retirada de uma língua para que outra ocupe seu lugar. O que há é uma discussão na LDB, PC-SC, entre outras leis e documentos, acerca do ensino de línguas, que pode ser interpretado de diferentes maneiras pelos que decidem, por exemplo, que disciplinas ocuparão o currículo de cada escola em cada comunidade.
 
 
Publicação: 22/08/2014 - 11h28 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): Divulgação

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