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25/03/2021 - Projeto Bugio comemora 30 anos reconhecido como referência


Fundado em 1991, pela professora Zelinda Maria Braga Hirano, então professora do curso de Ciências Biológicas da FURB, o Projeto Bugio completou 30 anos no dia 22 de março. Para marcar essa data tão importante, a FURB TV produziu uma reportagem no Centro de Pesquisas Biológicas de Indaial (Cepesbi), mantido em parceria entre a Universidade de Blumenau e a prefeitura da cidade de Indaial para a realização do projeto. A reportagem recebeu, também, depoimentos de todo o país e do exterior de pesquisadores que têm o Projeto Bugio como referência da conservação de primatas.
 
“A maior conquista do projeto é o reconhecimento internacional deste centro e também na formação de pessoas. Vem gente do Brasil inteiro fazer estágio voluntário para aprender a manejar esses animais. A gente serve de referência mundial hoje para o manejo de Alouatta Guariba Clamitans” comemora a professora Zelinda.
 
O Projeto
 
Os bugios chegam ao Cepesbi por meio da Polícia Ambiental.Atualmente, 49 bugios são mantidos no projeto. Eles recebem seis refeições por dia, entre folhas e frutas e são cuidados por 15 pessoas, entre veterinários, biólogos, estagiários e bolsistas.
 
Antigamente, os animais que tinham condições eram devolvidos para a natureza, mas neste momento eles são mantidos em cativeiro por causa do surto de febre amarela que atinge Santa Catarina desde novembro de 2019, como explica a Coordenadora do projeto, Sheila Francisco. “Aqui, nós recebemos só os animais que não estão em condições de voltar pra natureza e, agora, durante o surto da febre amarela, que não podem ser soltos porque eventualmente podem vir a morrer por causa da doença”. A febre amarela é causada, tanto nos humanos quanto nos primatas, pelo mosquito Aedes Aegipty.  Assim, os bugios não transmitem a doença, mas sim são vítimas como o ser humano. A única forma de prevenir a febre amarela é se vacinando.
 
Desde 2012, o bugio está na lista dos 25 primatas mais ameaçados de extinção do mundo, de acordo com a união internacional para a conservação da natureza. Neste sentido, esses macacos também poderão ser usados como repositores de floresta. “Nós temos trabalhos em campo em que nós observávamos 60, 70 animais e hoje nós conseguimos observar três animais. Então, a gente tem um possível repositor de floresta aqui”, pontua Sheila.
 
Estas e outras informações sobre o Projeto Bugio estão na reportagem. 
Publicação: 25/03/2021 - 17h44 - Central Multimídia de Conteúdo/Jornalismo | Foto(s): CMC

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