EVENTOS

Preletora: Maria Juliane Suota (Bolsista Demanda Social (CAPES); graduação: Licenciatura Plena em Química pela Faculdade Estadual de Filosofia Ciências e Letras/2008, natural de Araucária (PR).

 

Orientador: prof. Edesio Luiz Simionatto, Dr. (FURB).

Resumo: A biomassa é uma preciosa fonte de carbono e a única que, ao ser processada pode produzir combustíveis renováveis sólidos, líquidos e gasosos. É a quarta maior fonte de energia oriunda de carbono, seguida apenas do petróleo, carvão e gás. Uma biomassa de bastante interesse é o óleo de fritura residual, que vem sendo produzido a cada ano em maior quantidade, devido ao crescimento populacional. Estima-se que somente em 2013 produziu-se cerca de 5,8 milhões de toneladas de óleo comestível, das quais, uma grande parcela foi provavelmente descartada de forma indiscriminada (MAPA, 2014). Uma alternativa para esse problema é a conversão deste resíduo em biocombustível através do craqueamento térmico (BRIDGEWATER, 2004). Sempre que um biocombustível é produzido, ele deve atender às especificações estabelecidas na resolução nº14 de 11/05/2012 da ANP, para que possa ser utilizado como combustível convencional. Nesta pesquisa, foi realizada a caracterização química e físico-química de bio-óleo obtido por pirólise do óleo de fritura, nas temperaturas de 500 °C, 525 °C e 550 °C. Os parâmetros avaliados foram a densidade, a viscosidade e os índices de acidez, iodo e refração. Fez-se uma comparação preliminar destes parâmetros com os do diesel. Com o intuito de melhorar os teores de acidez, o bio-óleo foi submetido ao processo de esterificação, o qual apresentou resultados satisfatórios. O levantamento realizado até o presente momento mostrou que o bio-óleo é um biocombustível promissor, com chances reais de se integrar a matriz energética. No entanto, assim como os derivados fósseis, este bio-óleo necessita de uma etapa adicional de fracionamento, que se dará pelo processo de destilação.