EVENTOS

Preletora: Larissa dos Santos

Nos últimos anos, diferentes estudos abordaram a composição e as propriedades biológicas da  própolis,  revelando  seu  potencial  para  o  desenvolvimento  de  novos  fármacos.  A amplitude  das  atividades  biológicas  da  própolis  é  maior  em  áreas  tropicais  do  planeta, refletindo  a  diversidade  vegetal  destas  regiões.   Em  uma  matriz  quimicamente  complexa, pode-se  encontrar  compostos  fenólicos  e  ésteres,  fla vonóides,  terpenos,  beta-esteróides, aldeídos  e  álcoois  aromáticos,  sesquiterpenos  e  estilbenos.  Própolis  de  duas  espécies  de abelhas  nativas  são  foco  deste  estudo,  Tetragonisca  angustula  conhecida  popularmente como “jataí” e Melipona quadrifasciata  conhecida popularmente como “mandaçaia”. Além da resistência de bactérias comuns aos antibióticos, nos últimos anos, tem sido relatado um número  crescente  de  casos  de  resistência  de  molicutes.  Deste  modo,  a  identificação  de novos  antimicrobianos  a  partir  de  produtos  naturais  pode  se  constituir  uma  grande contribuição  no  combate  infecções,  utilizando  estes  microrganismos  que  se  constituem modelos de estudo de biologia celular e molecular. Em ensaios realizados com o extrato da própolis foi observada atividade antibacteriana interessante, mas não há estudos realizados frente aos molicutes. O objetivo deste trabalho é avaliar o perfil fitoquímico e o potencial antimicrobiano  do  extrato,  frações  e  compostos  isolados  de  própolis  de  duas  espécies  de abelhas  nativas  no  modelo  de  teste  antibacteriano  com  determinação  da  concentração inibitória  mínima  (CIM)  frente  a  bactérias  com  e  sem  parece  celular  (molicutes).  Além disso,  serão  realizados  ensaios  avaliar  o  potencial  inibidor  in  vitro  da  enzima  acetilcolinesterase.