Professores explicam normas do home office
Por Central Multimídia de Conteúdo/Jornalismo [17/11/2020] [17 h08]
Com a pandemia da Covid-19 a modalidade de trabalho remoto, muito conhecida como home office, cresceu muito no Brasil. Em 2018, segundo dados do IBGE, cerca de 3,8 milhões de brasileiros já adotavam o home office. Com o isolamento social imposto pela pandemia, atualmente 20 milhões de pessoas no Brasil estão desenvolvendo suas funções profissionais em home office, conforme aponta a pesquisa “Futuro do Trabalho”, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
A FURB TV ouviu professores e especialistas da Universidade Regional de Blumenau que explicaram sobre essa tendência do trabalho remoto e os direitos e deveres tanto de empregadores quanto de empregados.
Seja no home office ou no teletrabalho, em que o trabalho é feito predominantemente fora do espaço físico da empresa, as regras e normas são as mesmas.
Tatiani Heckert Braatz, professora do curso de Direito da FURB na disciplina Direito do Trabalho, explica que entre essas normas está a assistência e treinamento adequados para seguir com o trabalho remoto, assim como a adequação de contratos e acordos sobre questões de pagamento de energia elétrica e internet e a manutenção de equipamentos.
Além disso, a professora comenta que “mais do que nunca, esse novo normal que estamos vivenciando requer que as pessoas se coloquem no lugar do outro. Então tanto o empregador precisa entender que o trabalhador está em casa, mas não está em casa de folga, e o empregado precisa reconhecer que o empregador também necessita da sua produtividade”.
Historicamente, o home office vem sendo adotado desde os anos 1990, quando empresas como a Google e a Microsoft começaram a dar essa opção para seus colaboradores. Ciel Antunes Filho, coordenador do curso de Administração da FURB, explica que isso começou a crescer por diversos fatores, seja pela questão da mobilidade, ou para uma maior presença em casa, para participação na vida dos filhos e cuidado com animais de estimação.
O coordenador comenta também que, com o avanço das tecnologias de informação e comunicação, “em algum momento ia acontecer o que aconteceu agora, tudo se encaminhava para a situação que estamos vivendo”, de um crescimento do número de profissionais e empresas que estão desenvolvendo atividades em home office.
A primeira reportagem da FURB TV sobre a temática já está disponível no canal do YouTube da TV educativa da Universidade Regional de Blumenau. Na segunda reportagem serão abordadas outras mudanças e tendências para o futuro do trabalho no Brasil e no mundo.