Projeto da FURB leva arte e reflexão a pessoas em reclusão do Presídio Regional de Blumenau

Projeto da FURB leva arte e reflexão a pessoas em reclusão do Presídio Regional de Blumenau

Foto: Projeto de extensão FURB - Divulgação

No último dia 10 de julho, uma turma de dez detentos do Presídio Regional de Blumenau finalizou um ciclo de oficinas de pintura em tecido promovidas por alunos e professores da Universidade Regional de Blumenau (FURB). Os encontros foram realizados semanalmente e resultaram na produção de camisetas pintadas à mão. As atividades tiveram início no segundo semestre de 2023 e já formaram duas turmas.

Renan De Vita, professor do curso de Psicologia, explica que o objetivo das oficinas não é ensinar técnicas de pintura, mas permitir que os participantes desenvolvam uma nova leitura da realidade e de suas relações com o outro: “a arte é um dispositivo que permite que a gente possa ler a sociedade em que a gente está inserida. A partir do momento em que a gente pode ler a sociedade em que a gente está inserida, a gente pode intervir nessa realidade”. De Vita ressalta, ainda, a importância de olhar para os sujeitos em privação de liberdade com menos juízos de valor: “quando a gente passa a conhecê-los de perto, a gente vê que são sujeitos humanos que amam, que choram, que temem, que querem também mudar suas realidades, assim como eventualmente também queremos mudar as nossas”, relata.

A fonte de mídia referenciada está faltando e precisa ser informada novamente.
Projeto de extensão - Divulgação

As oficinas de arte fazem parte do projeto de extensão “Ações Colaborativas e Integradoras de Ressocialização e de Reintegração Social nas Unidades Prisionais de Blumenau” que engloba uma série de atividades voltadas à defesa dos Direitos Humanos de pessoas em privação de liberdade. O projeto é composto por uma equipe interdisciplinar que envolve os cursos de Psicologia, Direito, Serviço Social e Filosofia. Luana de Souza, acadêmica de Direito e bolsista de extensão do projeto, explica que, além das oficinas de arte, a equipe também realiza o acompanhamento e assessoria do Conselho da Comunidade de Blumenau, grupo de voluntários que inclui advogados criminalistas, representantes de entidades religiosas e outras instituições que atuam nas unidades prisionais em defesa dos Direitos Humanos. O projeto promove, ainda, rodas de conversa sobre o tema na universidade com o objetivo de provocar um novo olhar sobre a realidade prisional.