FURB E-Sports na frente nos games sob isolamento
Por CMC/Marco Aurélio (estagiário de Jornalismo) [27/04/2020] [13 h25]
A tecnologia está sendo essencial neste período de isolamento social, permitindo que as pessoas trabalhem de suas casas e tenham aulas por plataformas digitais. Mas a quarentena também abriu mais tempo na rotina de alunos, que aproveitam para jogar.
É o que acontece com estudantes da equipe de e-sports da FURB, organizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), que participam de competições de Counter Strike (CS) e League of Legends (LoL). A FURB E-Sports está brilhando, sendo líder de grupo no Campeonato Brasileiro de E-Sports Universitários (CBEU) na modalidade do LoL, com sete vitórias e uma derrota.
A quarentena acaba sendo aproveitada pela equipe para realizar seus treinos, visto que um problema enfrentado anteriormente, como dito por um dos organizadores, Daniel Eduardo Reiter, era a mobilidade do trabalho e da aula. Porém, com o elevado número de acessos, os jogadores enfrentam dificuldade com a internet às vezes.
O time da Universidade de Blumenau também está participando do CBEU no Counter Strike, e do Campeonato Universitário Brasileiro de E-Sports (CUBES) no League of Legends. Para acompanhar os resultados e interagir com a equipe da FURB E-Sports é só seguir a conta oficial no Instagram: @furbesports.
Além do ambiente competitivo, os games também são importantes para ocupar a mente e distrair um pouco em meio a um dia estressante. Assim como servem para diversão durante um fim de semana, tirar o tédio e promover interação com os amigos.
Muitos utilizam o maior tempo livre proporcionado pela quarentena para jogar mais seu jogo favorito, ou para conhecer novos jogos. E até quem não é muito familiarizado com os games acaba entrando nesse mundo para passar o tempo.
Há quem jogue os famosos League of Legends e Counter Strike no computador, outros o FIFA ou o Call of Duty no videogame, e tem até quem fica no Clash Royale e no PES Mobile em seu smartphone. É um universo cheio de possibilidades para aproveitar, cada um de sua casa, sem furar o isolamento social. Também temgente aproveitando pra jogar durante a aula.
E o mundo dos games não se limita ao jogar, vai muito além. Plataformas de streaming, competições, vídeos no youtube, tudo isso é explorado. Alguns campeonatos seguiram rolando durante o isolamento. Assim como os universitários, um grande exemplo no meio profissional é o CBLoL (Campeonato Brasileiro de League of Legends) que segue sendo disputado com cada jogador em sua casa.
Circuito de xadrez
Essa maneira online de jogar acabou sendo explorada também pela comunidade enxadrística brasileira. A organização do Floripa Chess Open, maior competição da modalidade no Brasil, organiza semanalmente um circuito de xadrez pela plataforma Lichess, com as classificatórias sendo jogadas de segunda a sexta a noite e as finais disputadas nos sábados.
As competições online também estão sendo realizadas por clubes, como o Xadrez Timbó, para treinamentos, ou como o Clube de Xadrez de Chapecó para realizar amistosos contra clubes estrangeiros. Foi até criada um “Circuito Brasil América” que conta com a participação de 20 clubes de xadrez divididos em duas divisões. Ou seja, os games acabaram inspirando outros esportes para se adaptarem ao isolamento social.
Outro exemplo no xadrez é o campeonato de Sunway Sitges, que está sendo disputado no mesmo tempo de reflexão utilizado em competições tradicionais, mas online. Um dos árbitros deste torneio é o brasileiro Luciano Rietter, formado em Engenharia Elétrica na FURB e hoje estudante da Universidade do Minho, em Portugal. Luciano está arbitrando a competição de casa, pelo computador.
"Pra mim é uma experiência nova, não lembro de ter nenhum torneio pensado online antes. É uma novidade pra todos. Geralmente em uma competição presencial o árbitro é o responsável por garantir que as regras do xadrez sejam cumpridas, enquanto online nosso trabalho é diferente. Percebi neste torneio que nosso papel é mais de vigilância, pra evitar qualquer coisa que fuja da normalidade, desde saídas demoradas para o banheiro ou algum jogador usando celular ou tabuleiro com algum tipo de análise da partida. Os árbitros estão tendo que ´reaprender´ sua profissão", concluiu Luciano Rietter.