Uma saída estratégica para governos e empresas no impasse entre a pandemia e a economia tem sido o uso de máscaras. Depois de vinte dias de forte quarentena em Santa Catarina o Governo do Estado flexibilizou algumas atividades. Com o fim do isolamento social em vários lugares, muitos comportamentos sociais precisam ser revistos em prol do convívio mais seguro frente a COVID-19. As máscaras ganham as ruas.

 

A questão da saúde tem mobilizado intensamente cursos específicos como Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, além de Educação Física, Psicologia e outros com atividades mais relacionadas ao bem estar corporal. Na Universidade Regional de Blumenau (FURB) as equipes planejam as atividades com apoio do Comitê de Prevenção a COVID-19, com profissionais e técnicos da área.

 

Mas outros cursos de diversas áreas também estão se engajando nas ações. Nesta quarta e quinta, 8 e 9 de abril, professores e alunos do curso de Moda confeccionam máscaras nos laboratórios de costura e criação da Universidade. “A ideia surgiu pela necessidade que estamos vivendo, para ajudar a comunidade com a doação das máscaras”, afirmou Adilson Silva, coordenador do curso. Iniciaram com a produção de 500 peças, que atendem o que recomenda o Ministério da Sáude.

 

Desde o início da quarentena, a FURB tem acompanhado as decisões dos governos do estado e do município e participado de projetos que envolvem a atenção à população em Blumenau. O vice-reitor João Gurgel da Silveira e o professor do curso de Medicina, Ernani Santa Helena integram a Comissão de Enfrentamento do Coronavírus em Blumenau, coordenada pelo secretário de Saúde do município, Winnetou Krambeck.

 

O Conselho Estadual de Educação de Santa Catarina (CEE) atendeu pedido da FURB e regulamentou a aplicação da portaria do Ministério da Educação que autorizou estágios aos cursos da área da saúde no combate ao novo coronavírus. Desse modo, Blumenau foi pioneira na implantação do serviço de telemedicina, o Alô Saúde, sobre dúvidas quanto à pandemia, em operação desde 24 de março.

 

Em 12 dias úteis, foram 1.612 ligações, sendo a maioria, 64,6%, feitas por mulheres. “Estamos na terceira semana de atendimento e aprendemos muito nesse período. Conseguimos auxiliar a população com suas dúvidas. As ligações não são somente sobre a Covid-19, mas também sobre a própria vacinação da gripe e outras medidas de isolamento que estão sendo seguidas por todo o estado. Nosso canal de atendimento com certeza auxilia os blumenauenses a ficar em casa, mais seguros de que estão seguindo a indicação adequada. É muito bom poder ajudar a cidade nesse momento” comenta a estudante Eduarda Felsky, aluna do último semestre de Medicina da FURB, que integra a equipe de atendimento.

 

Inspirado na experiência, o curso de Psicologia da FURB também articula com a prefeitura da cidade a realização de teleatendimentos para oferecer o serviço de acolhimento e apoio psicossocial à comunidade, validado como estágio profissionalizante. “O projeto está em fase de finalização. Com a produção de protocolos de atendimento, os acadêmicos envolvidos passarão por capacitação específica”, informa o professor Rodrigo Soler.

 

O curso de Psicologia criou um perfil na rede social Instagram (@sm.covid19.furb) com o objetivo de compartilhar informações sobre saúde mental. A produção de materiais informativos como folders, cartilhas e postagens na rede social têm sido articulada entre professores e estudantes como campo de estágio básico.

 

 

Também em prol da saúde e qualidade de vida da população, o curso de Educação Física da Universidade prepara dois horários diários com aulas inéditas online, às 11h e 20 horas. Batizado de Corona Ativo, o projeto viabiliza aulas de alongamento, pilates, treinamento funcional, isometria e yoga, de segunda a sexta-feira. “Outra proposta é reunir profissionais de todos os cursos ligados ao Centro de Ciências da Saúde da FURB e promover um debate ao vivo pela WEB”, antecipa a professora do curso, Carol Schramm.

 

 Os estágios obrigatórios do curso de Educação Física ainda estão suspensos. “ O governo autoriza, por ora, a atuação individualizada/personalizada dos profissionais de educação física. Acreditamos que em mais uma ou duas semanas tenhamos uma solução para os estágios”, aponta o professor Clóvis Souza.