Quem chega a Universidade Regional de Blumenau pela rua Antônio da Veiga já começa a sentir um acolhimento especial a partir desta semana. A histórica escadaria da Universidade está ganhando novas cores e formas. O curso de Artes Visuais integrou-se às comemorações dos 55 anos da FURB e presenteou a instituição com uma pintura dos 27 degraus que dão acesso à entrada principal.

 

A ideia partiu da Coordenação de Comunicação e Marketing (CCM) que convidou o Curso de Artes Visuais para valorizar com expressão artística o local, no mês do aniversário da Universidade. O alto da escadaria já conta com um relógio do sol desde 1969, erguido em escultura do artista uruguaio Félix Carbajal. Ao lado da subida, em meio à vegetação, o argentino Alberto Cedrón realizou um mural em terracota, mantido desde a década de 80. Décadas depois é a vez de universitários revelarem seu talento. A obra iniciada deu uma parada por causa das chuvas mas se o sol voltar esta semana, deve ser concluída até terça-feira, 28 de maio, por dois estudantes da terceira fase do curso de Artes Visuais.

 

A coordenadora do Curso de Artes Visuais, Lindamir Aparecida Rosa Junge, acredita que a comunidade vai se surpreender com o resultado final. Lembra que atualmente a técnica de pintura muralista tem sido bastante comum e muitos confundem com grafite. Ela destaca o trabalho dos estudantes Daniel Tecila e Lara Simioni, da terceira fase do curso, que encontraram na atividade novas possibilidades de redescobrirem traços. “É um desafio que convida à evolução”, avalia a professora.

 

A maior dificuldade da obra é a proposta 3D, em virtude dos degraus, com diferentes ângulos de visualização. A concepção considerou como mensagem a identidade da FURB com sua essência de promover o conhecimento e humanidade, seja pelas atividades de ensino, pesquisa e extensão, seja pelas diversas expressões e ações inclusivas em várias áreas do conhecimento. Esse é o conteúdo da obra executada nos tons azul e amarelo da marca FURB, com lilás e roxo para contemplar a diversidade. Apresenta o desenho do perfil de uma cabeça humana, de onde sairão circunferências conectadas, em referência à tecnologia humanizada.

 

Lindamir Rosa comenta que para os universitários é um privilégio poder fazer a revitalização do espaço, que é um dos principais acessos à Universidade. “O mais difícil é por ser uma escada e tem toda a questão da perspectiva. É bem diferente do que desenhar em uma parede que é bidimensional”, completou o estudante e artista Daniel Tecila. A FURB TV conversou com a professora e com os alunos responsáveis pela pintura. Confira no vídeo abaixo.