Caixa traz álbuns de Emílio Santiago - Coleção reúne três discos da fase inicial do cantor

Caixa traz álbuns de Emílio Santiago - Coleção reúne três discos da fase inicial do cantor

Grandes discos gravados entre 1977 e 1980 estão reunidos no box Três tons de Emílio Santiago, lançado pela Universal Music. Com seleção de títulos e textos assinados pelo pesquisador Rodrigo Faour, os LPs voltam com áudio remasterizado e reprodução fiel dos encartes. 
 
Emílio Santiago estourou nacionalmente com o projeto Aquarela do Brasil e a partir de 1988 viu a vendagem de seus discos multiplicar rapidamente. O projeto se estendeu em sete volumes até 1994. Mas o início de carreia de Emílio passou por festivais universitários, pela TV e pela então rica noite carioca. Lançou seu primeiro disco pela CID em 1975 e no ano seguinte já estava contratado pela Philips onde ficou até 1984.
 
A nova caixa começa em 1977, quando Emílio lançou seu terceiro LP. Em Comigo é assim a grande voz reuniu um excelente time de arranjadores, incluindo nomes como Sivuca, Antonio Adolfo, Aécio Flávio, João Donato, Meirelles, Zé Menezes e Roberto Menescal, que se tornaria seu maior parceiro ao longo dos anos. Nesse disco emplacou Nega, composição de Vevé Calasans que foi um de seus primeiros sucessos. Também trouxe composições de João Nogueira, Tibério Gaspar, Djavan, Dominguinhos e até Kleiton Ramil, antes de encontrar o sucesso em dupla com o irmão.
 
Dois anos depois vem O canto crescente de Emílio Santiago. O pesquisador guardou depoimento do cantor sobre o disco comentando as composições gravadas com arranjos divididos entre J.Meirelles e mais uma vez Antonio Adolfo. O álbum traz clássicos como Trocando em miúdos, Outra vez, Recado, As rosas não falam e Amigo é pra essas coisas, essa em dueto com João Nogueira. O grande sucesso, no entanto, ficou com o samba Logo agora.
 
Encerrando esse pacote, a caixa inclui Guerreiro coração, de 1980. Gravado ao vivo no estúdio da Philips, o disco traz repertório do show apresentado pelo cantor no Rio. Além de releituras de alguns sucessos, Emílio também apresentou inéditas de Gonzaguinha, Tunai e Sérgio Natureza, Luiz Grande e Toni Vestanio e Jorge Aragão e Jotabê.
 
Um ano exato depois da prematura morte do cantor, o lançamento é bem vindo por recuperar raridades e jogar nova luz sobre esses álbuns. Esses discos iniciais hoje são cultuados no Brasil e no exterior pelo tratamento de luxo e excelência do repertório. Tudo a serviço de um cantor que, como se percebe, já era uma das mais bonitas vozes do país. 
 
Fonte: Ziriguidum