Projeto Bugio

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FEBRE AMARELA

 

Tem-se reportado o maior surto de febre amarela (FA) silvestre dos últimos 80 anos no Brasil, com casos humanos e epizootias em primatas não-humanos (PNH). Atribui-se a rápida disseminação viral da FA a complexos fatores ecossociais, restrições políticas e estratégias pouco efetivas para o controle da doença (POSSAS et a., 2018).
 
Em 2019, Santa Catarina confirmou a circulação do vírus com dois casos confirmados em humanos e cincos macacos de Blumenau, Indaial, Jaraguá do Sul, Garuva e Joinville). Uma das mortes de PNHs, ocorreu no Centro de Pesquisas Biológicas de Indaial/Projeto Bugio, o que levou a Vigilância epidemiológica a realizar busca ativa de pessoas não vacinadas e vestígio de morte e adoecimento de PNH na região, demonstrando a importância destes como sentinelas da FA e prevenindo o surgimento de casos em humanos. Além disso, o episódio levou a aumento na cobertura vacinal no município que anteriormente era menor do que 60% da população local (DIVE, 2019).
 
Destaca-se que a transmissão, nestes casos ocorreram no outono e inverno e predizem um cenário catastrófico para as populações de PNH, especialmente os bugios para a primavera de verão 2019/2020 (DIVE, 2019). Tal previsão foi confirmada com a morte de dezenas de bugios em Blumenau, Indaial, Pomerode, Timbó entre outras regiões de Santa Catarina em janeiro/2020.
 
Segundo a DIVE/SC, de janeiro a setembro de 2020 foram confirmadas 86 mortes de PNH por FA em SC, demonstrando que o vírus continua circulando no estado (http://www.dive.sc.gov.br/index.php/arquivo-noticias/1351-numero-de-macacos-mortos-por-febre-amarela-aumenta-no-estado, acesso em 20/10/2020).
 
A vacina é a melhor forma de prevenir a FA. Todas as pessoas com mais de nove meses de idade devem ser imunizadas. A vacina contra a FA está disponível gratuitamente em postos de saúde de todo o Estado.