Medicina Veterinária faz escala para atender animais no hospital
Por Central Multimídia de Conteúdo/Jornalismo [26/03/2020] [18 h07]
Mesmo com a pandemia e as restrições ocasionadas pelo novo coronavírus, alguns serviços continuam em funcionamento na estrutura da Universidade. É o caso dos espaços onde há o manejo e atenção aos animais, como o Hospital Veterinário, Fazenda Escola e o Projeto Bugio.
Hospital Veterinário
No Hospital Escola do curso de Medicina Veterinária da FURB os atendimentos para a população foram suspensos. As consultas programadas estão sendo reagendadas. Dúvidas sobre agendamentos podem ser esclarecidas pelo número (47) 32396400 (apenas WhatsApp), com uma funcionária trabalhando em home-office.
Alguns serviços internos, contudo, estão sendo mantidos. Para os animais de grande porte e silvestres, que estão sendo cuidados na estrutura do hospital, há um revezamento entre servidores e monitores para alimentar e medicar os bichos diariamente.
Fazenda Escola
Na Fazenda Escola / Fundação de Piscicultura Integrada do Vale do Itajaí (FUNPIVI) da FURB, localizada em Timbó, os trabalhos também não foram paralisados, embora com redução de horários. Inclusive, nesta quinta-feira, 26 de março, houve o nascimento de leitões no local.
O espaço, que possui 16 hectares, é utilizado pelos alunos do curso de Medicina Veterinária para aulas práticas. O espaço possui, além de suínos, ovelhas, equinos, aves, abelhas, além de 50 mil peixes.
Projeto Bugio
O Projeto Bugio, mantido pela FURB e prefeitura de Indaial, que tem como foco a preservação dos bugios-ruivos, Alouatta clamitans, realiza as atividades em regime de escalas, a fim de evitar trabalhos com aglomeração. Pelo menos um profissional e um estagiário vão até o local diariamente, além uma médica veterinária que verifica a condição dos primatas duas vezes na semana. Um tratador também está trabalhando diariamente.
“Como a gente precisa limpar os recintos todos os dias e os animais precisam comer diariamente, não tem como parar. Então fizemos essa escala para que os serviços essenciais continuassem e para que nós, na medida do possível, pudéssemos fazer nossa quarentena”, explicou a professora e coordenadora do Projeto Bugio, Sheila Francisco.
Os trabalhos de higiene também foram reforçados. A equipe já usava Equipamento de Proteção Individual (EPI), como jalecos, luvas e máscaras durante o manejo. “Estamos intensificando as precauções, como por exemplo: lavagens de jalecos, troca de roupas todos os dias. Isso a gente já fazia aqui, mas diante da situação, intensificamos essas questões”, comentou Francisco.
Ainda há ocorrência de macacos por febre amarela, principalmente na região de Indaial. É importante ressaltar que os primatas não transmitem a doença. Eles são sentinelas e indicam onde há circulação do vírus. Se for encontrado um bugio doente ou morto a recomendação é comunicar a Vigilância Epidemiológica para que se faça a investigação adequada e avaliação para saber se é febre amarela ou não.