Pesquisadores, professores e estudantes do Programa de Pós-Graduação em Educação da FURB (Mestrado e Doutorado) e do Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica (EPT) do Instituto Federal Catarinense (IFC), campus Blumenau, realizaram o 1º Seminário Integrado de Educação Profissional e Tecnológica em parceria IFC-FURB.

 

Paralelamente ao evento aconteceu o III Fórum de Formação de Professores, que nesta edição abarcou também o I Seminário do PIBID e da Residência Pedagógica do IFC, oportunizando o  fortalecimento de parcerias acadêmico-científicas entre as instituições envolvidas. Participaram mais de 230 pessoas no ginásio de Esportes da Universidade Regional de Blumenau para discutir os desafios e perspectivas que a educação profissional e tecnológica apresenta à sociedade contemporânea. O assunto foi tratado em palestras, mesas redondas e sessões simultâneas, com comunicações orais e pôsteres.

 

Sobre a formação de mestres, a coordenadora do curso IFC, Inge Suhr, explica que “quando falamos em educação profissional e tecnológica defendemos a ideia de que, para ser um bom profissional, além do saber fazer, a pessoa tem o direito de se desenvolver de forma integral, seja cultural, artística ou fisicamente, em todas as suas potencialidades. Então o sentido desta educação é enxergar a pessoa para além de um trabalhador, mas uma pessoa que também é trabalhadora”.  

 

Entre os convidados especiais, o primeiro dia do evento, em 3 de outubro, contou com a participação do professor Dr. Silvio Gamboa, da Unicamp. Ele defendeu a necessidade de uma formação mais cidadã, que desenvolva no profissional um olhar mais consciente sobre as dimensões do seu papel na sociedade. E apontou caminhos: “a extensão universitária. Se este aluno trabalha com extensão e vai até a comunidade, ele desenvolve uma consciência política e passa a pensar que, ao invés de olhar para sua renda e salário, ele deve olhar na sociedade o impacto do que aprendeu”.

 

Também da Unicamp, no segundo dia de evento, 4 de outubro, a professora Dra. Debora Jeffrey discutiu o papel da educação básica e do professor no processo de formação. Para ela, o fundamental é compreender os professores como sujeitos extremamente importantes na mediação dos processos de ensino e aprendizagem. O que cabe às universidades é conhecer usos e possibilidades pedagógicas das tecnologias, para oferecer uma formação continuada e que impacte na melhoria da qualidade do ensino. “Especialmente na formação de professores, para a educação básica não dá para pensar que ela aconteça na graduação e depois termine, nós estamos envolvendo processos de formação humana, um processo histórico em constante transformação, atendendo a uma diversidade de sujeitos. Por isso estes espaços formativos são extremamente importantes, tentando aproximar e dar subsidio aos professores que estão atuando”, destacou.

 

“Foi um momento de troca riquíssimo, entre pesquisadores de todos os níveis, desde mestrandos a pós-doutores, para ampliar essa rede de produções, de contatos e continuar investindo nessa pesquisa”, concluiu Inge Suhr, do IFC.