Projeto Bugio

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BUGIO RUIVO

 

 A espécie classificada com o seguinte nome científico Alouatta guariba clamitans, pertencente à família Atelidae, é conhecida popularmente como bugio-ruivo, barbado ou guariba. Possui peso corporal médio entre 5 e 12kg. Atingem a maturidade sexual entre 3-4 anos (fêmeas) e 5 anos (machos) e a longevidade da espécie é de 15-20 anos (SAGU-Í, 2013). Todas as espécies de bugios apresentam dimorfismo sexual, sendo os machos adultos maiores que as fêmeas em todas as dimensões: morfologia craniana, dentária, externa e do osso hióide (REIS et. al, 2008). Os bugios ruivos apresentam dimorfismo por dicromatismo, sendo os machos adultos com pelagem ruiva e as fêmeas e filhotes castanho escuro.
 
A característica morfológica mais marcante do gênero é a presença do osso hioide bastante desenvolvido, com o corpo central oco formando uma câmara de ressonância do som, produzindo o ronco ou rugido característico desta subespécie (GREGORIN, 2006). 
 
Possuem uma cauda preênsil móvel, dotada de cristas papilares em sua parte distal-inferior (AURICCHIO, 1995). Vivem em grupos de 5 a 11 indivíduos e são considerados principalmente folívoros, mas conforme a disponibilidade de frutos são também frugívoros (REIS; et. al., 2008). No Brasil esses primatas estão distribuídos no Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo (SAGU-Í, 2013).
 
Os bugios ruivos prestam serviços ecológicos importantes como à dispersão de sementes de plantas nativas e polinização. Prestam ainda serviços à saúde pública, por serem considerados uma espécie sentinela a circulação de determinados vírus, como o da Febre Amarela.
 
O CEPESBI/Projeto Bugio têm efetuado conscientização na mídia audiovisual da região e redes sociais, com veiculação de entrevistas em rádio e TV sobre a importância do bugio-ruivo no surto de febre amarela 2016/2020 que tem ocorrido no Brasil, avisando e acionando a Vigilância Epidemiológica para a presença do vírus da Febre Amarela em áreas de mortes de primatas não-humanos.