Teoria social, natureza e ética socioambiental – Voltada ao estudo interdisciplinar de produções teóricas no campo da sociologia, antropologia, ciência política, ética e direito que possam contribuir na problematização do uso da natureza na sociedade contemporânea e na reflexão ética sobre a relação com os seres vivos não humanos e as paisagens naturais.  Interessam, especialmente, as formulações que possam convergir na formulação de éticas socioambientais, entendidas como aquelas capazes de amalgamar, como elementos normativos, a reflexão sobre a consideração moral de seres vivos não humanos e a equidade ambiental. 

 

Conflitos socioambientais, sociodiversidade e território – Reúne trabalhos em torno de conflitos socioambientais, especialmente os que envolvem povos e comunidades com modos de vida apoiados no uso direto da natureza e com fraca integração ao mercado. Neste contexto, interessa também como é exercido o processo de racialização de grupos sociais vulnerabilizados, que são espoliados da natureza que ajudaram a conservar. Interessam aqui trabalhos sobre povos e comunidades tradicionais, como extrativistas, quilombolas, vazanteiros, pescadores artesanais, povos indígenas, etc.. especialmente aqueles voltados a conhecer as diversas formas de valoração da natureza e suas concepções de sustentabilidade e territorialidade. 

 

Comoditização da natureza, especismo e padrões de desenvolvimento – Procura-se focar na reflexão sobre os padrões de desenvolvimento apoiados na coisificação radical de animais e outros seres vivos não humanos, assim como em outras formas de exploração primária que implicam no uso meramente instrumental da natureza e da paisagem, como no caso da mineração, grandes monoculturas, e outras atividades produtivas de alto consumo hídrico. Relaciona-se a esta linha o processo de financeirização de recursos e serviços ambientais e os conflitos de valoração ofuscados pelos processos de monetização.  

 

Resistência socioambiental e solidariedade entre territórios – Busca-se albergar as experiencias de resistência ao processo de instrumentalização radical e comoditização da natureza, apoiadas em valorações mais abrangentes, e que por sua vez constroem laços de solidariedade entre grupos com territorialidades diferentes entre si. Fazem parte desta linha experiencias que apontam na construção de modos de vida rurais ou urbanos alternativos, como organizações de agricultura urbana, experiencias de permacultura, cadeias curtas de produtores, redes solidárias de aquisição de alimentos, feiras de trocas de sementes crioulas etc.