Em nova edição do FURB em Debate, evento discute as violências no cotidiano e a necessidade de acolhimento
Por Elisiane Roden, estudante de Jornalismo [31/10/2025] [15 h01]
Lutar contra qualquer forma de violência é um compromisso constante da FURB. Com esse propósito, a Coordenadoria de Assuntos Estudantis (CAE) realizou mais uma edição do FURB em Debate, com o tema “Entre o silêncio e a escuta: falando sobre violências”.
O encontro aconteceu na noite de terça-feira, 21 de outubro, no auditório da Biblioteca Universitária, no Campus 1. Reuniu estudantes, professores, técnicos e representantes da comunidade acadêmica em um momento de escuta, reflexão e diálogo. O debate abordou as diferentes formas de violência, sendo elas físicas, psicológicas, simbólicas ou institucionais, e seus impactos nas relações sociais.
A atividade foi organizada pela CAE em parceria com o curso de Serviço Social. Contou com a palestra de Maria Salete da Silva, assistente social e doutora em Sociologia. Ela abordou a importância de reconhecer e combater as diversas expressões de violência presentes na sociedade e de fortalecer redes de apoio e acolhimento.
Geise Cristina Soares, assistente social da CAE, contou que a iniciativa foi construída junto aos estudantes. “O evento nasceu a partir do diálogo com o coletivo Mulheres na FURB, formado por estudantes engajadas em discutir questões de violência. Junto a outros cursos, organizamos um espaço de conversa e reflexão, porque essa é uma pauta que envolve toda a comunidade acadêmica”, afirmou.
Ela ressaltou também o papel do acolhimento. “É essencial ouvir e orientar. A CAE conta com uma equipe multidisciplinar, com psicólogos e assistentes sociais, pronta para atender e encaminhar cada situação. Nosso objetivo é garantir que os estudantes tenham uma experiência saudável na universidade”, destacou.
A professora Cleide Gessele, do curso de Serviço Social, destacou a importância de discutir o tema no ambiente universitário. “É extremamente relevante dialogar sobre as diferentes formas de violência, muitas vezes veladas, que afetam todos os espaços. Precisamos trazer essas conversas à tona, abordando interseccionalidade e gênero, porque a violência impacta especialmente a vida das mulheres no dia a dia”, observou.
A estudante Manuela Simon, do grupo PET Saúde, acrescentou que espaços de fala e escuta são fundamentais. “Nosso grupo trabalha com saúde mental e violências contra a mulher. Trazer essas conversas para dentro da universidade é essencial para conscientizar e prevenir situações de violência”, finaliza.
Apoio e acolhimento
A FURB conta com um serviço que oferece escuta, orientação e encaminhamento a estudantes e servidores que enfrentam situações de violência ou sofrimento emocional. Denúncias podem ser feitas de forma presencial, por e-mail, pelo WhatsApp da CAE (47 3321-0307) ou por meio da Ouvidoria da universidade (ouvidoria@furb.br), inclusive de forma anônima. O serviço atua de maneira sigilosa e acolhedora, garantindo que cada caso seja encaminhado para a rede de proteção adequada.

