Impacto ambiental: Programa de Gestão de Resíduos Sólidos da FURB preconiza destinação adequada dos resíduos
Por Camila Maurer [01/11/2024] [14 h26]
A destinação dos resíduos sólidos emerge como desafio contemporâneo a ser enfrentado por organizações de todas as esferas. Na Universidade Regional de Blumenau (FURB), cabe ao Sistema de Gestão Ambiental (SGA) implementar e gerenciar a Política Ambiental da instituição, que inclui a destinação dos diversos tipos de resíduos produzidos a partir das atividades da instituição por meio do Programa de Gestão de Resíduos Sólidos. O objetivo do Programa, implementado em agosto de 2000, é minimizar a geração de resíduos sólidos e dar destino ambientalmente correto aos resíduos gerados. Em 2024, já foram geradas 27 toneladas de resíduos recicláveis e mais de um milhão de litros de lixo comum. Pela natureza de suas atividades, a universidade também gera outros tipos de resíduos, que exigem tratamento diferenciado para obedecer ao disposto na legislação atual.
Os serviços oferecidos à população no Hospital Universitário do campus 5 geram resíduos ambulatoriais e de saúde que são armazenados em local específico, separado do lixo comum, e coletados uma vez por semana por uma empresa contratada especificamente para este fim. Ao longo do ano, cerca de uma tonelada desse tipo de resíduo é gerado pelos serviços de saúde da instituição. Também no campus 5, um pátio de compostagem permite transformar resíduos em fertilizantes. A chamada maravalha, uma espécie de serragem usada para forrar a gaiola dos animais do biotério, é compostada e transformada em adubo. Além de servir a um novo propósito, a iniciativa gera economia para a universidade, pois a forração das gaiolas antes precisava ser descartada como resíduo de saúde, o que gerava custos para a instituição.
O descarte dos resíduos de produtos químicos utilizados nos laboratórios da universidade é regido pelo Programa de Gestão de Resíduos Perigosos, já que tais substâncias podem causar danos à saúde ou contaminação ambiental. Todos os anos, a universidade gera cerca de quatro toneladas de resíduos químicos a partir de serviços como análises químicas ou radiografias realizadas nas clínicas de odontologia, por exemplo. Carmelo Peroto Zocoli, servidor do SGA, explica que, quando não podem mais ser utilizados, os produtos são identificados individualmente e armazenados nas centrais temporárias de armazenamento de produtos perigosos em cada um dos campi da universidade enquanto aguardam a coleta, a ser realizada por empresa especializada, geralmente duas vezes ao ano. “Cada laboratório é responsável pelo seu próprio resíduo, tanto para o seu acondicionamento correto quanto por pagar para a sua eliminação. Cada tipo de resíduo tem uma classificação, dependendo do risco e do tipo de resíduo. Os laboratórios separam esse resíduo, acondicionam da maneira correta e fazem um pedido no sistema. Quando esse pedido é aprovado, o resíduo vai para uma central temporária, cada campus tem uma. Quando se chega a uma quantidade prevista em contrato, a empresa faz a coleta”.
Todos os anos, a universidade gera cerca de 4 toneladas de resíduos químicos a partir de serviços como análises químicas ou radiografias realizadas nas clínicas de odontologia. O Campus 1 abriga a central temporária de armazenamento de recicláveis. Os resíduos recicláveis coletados pelos agentes de limpeza da universidade são armazenados em um prédio destinado especificamente para essa finalidade e coletados pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Blumenau, que depois encaminha o material para cooperativas de reciclagem da região. No entanto, a consciência da comunidade acadêmica em relação à destinação adequada dos materiais que podem ser reciclados ainda é um desafio enfrentado pelos profissionais do Sistema de Gestão Ambiental. A separação correta dos resíduos é fundamental para que o material reciclável possa receber a destinação adequada. “Quando a pessoa não descarta corretamente, quando você joga um copo com resto de café, por exemplo, no lixo reciclável, você está contaminando esse resíduo reciclável. Em vez de ir para reciclagem, ele precisará ser destinado ao lixo comum”, alerta Zocoli.
Atualmente, a universidade usa dois modelos de coletores: um para resíduos recicláveis e outro para resíduos não recicláveis. Papel, vidro, metal e plástico devem ser destinados aos coletores de recicláveis desde que não estejam contaminados por resíduos orgânicos.