Pesquisador da FURB é único de SC na lista de cientistas brasileiros que mais influenciam políticas públicas
Por Camila Maurer [07/11/2025] [10 h38]
Alexander Christian Vibrans, pesquisador da Universidade Regional de Blumenau (FURB), é um dos 100 cientistas brasileiros mais influentes no mundo em decisões e políticas públicas segundo ranking divulgado na última quinta-feira, 6. O levantamento, realizado pela Agência Bori e plataforma Overton – que mapeia a interface entre ciência e políticas públicas –, considera citações de pesquisadores brasileiros em documentos estratégicos, relatórios técnicos e pareceres usados por governos, organismos internacionais e organizações da sociedade civil publicados entre 2019 e 2025. Vibrans é o único pesquisador vinculado a instituições de ensino de Santa Catarina a figurar na lista, que contempla 107 nomes.
Alexander Vibrans é Doutor em Geografia, professor vinculado ao Departamento de Engenharia Florestal desde 1998 e coordenador geral do projeto Floresta SC, que desde 2007 estuda e monitora as florestas do Estado. O trabalho coordenado por ele deu origem ao Inventário Florístico Florestal mais avançado e detalhado do país, utilizado com modelo por outros estados brasileiros para realização de seus próprios inventários. Financiado por recursos do Governo do Estado, o projeto tem fornecido subsídios para elaboração de políticas públicas de uso e conservação da floresta. Os dados gerados pelo programa geraram um amplo repertório de conhecimento materializado em livros e mais de 100 artigos publicados em periódicos científicos especializados sobre a composição, dinâmica e extensão das florestas catarinenses. Graças ao trabalho coordenado pelo pesquisador, nenhum outro lugar do país conhece tão bem suas florestas como Santa Catarina.
Também conhecido como “Censo das Florestas”, o programa realiza medição de árvores em campo e mapeamento da cobertura florestal no Estado, além de ações de educação florestal. Atualmente, os pesquisadores realizam o terceiro ciclo de medição do Inventário e trabalham na atualização dos dados relativos ao mapeamento da cobertura florestal. O trabalho, que deve ser finalizado em 2027, atualmente mobiliza 30 participantes, entre professores, estudantes, técnicos e bolsistas.

