Para reforçar a importância das campanhas de combate e conscientização ao HIV e a AIDS neste Dezembro Vermelho, a FURB FM, rádio educativa da Universidade Regional de Blumenau (FURB), produziu podcasts sobre a temática para alertar a população sobre o diagnóstico precoce, as formas de prevenção e os direitos dos portadores do HIV.  

 

Segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2019 cerca de 38 milhões de pessoas viviam com HIV no mundo. Já no Brasil, esse número chegou a aproximadamente 900 mil pessoas, onde 642 delas estão em tratamento para AIDS e HIV em 2020.  

 

O Brasil já foi pioneiro no tratamento e prevenção dessa doença, quando em 1996, através do Sistema Único de Saúde (SUS), começou um planejamento de combate aos vírus e o tratamento da população. Desde aquela época os tratamentos para o HIV e a Aids avançaram muito, e hoje as pessoas infectadas podem seguir suas vidas de forma normal, sendo assintomáticas. 

 

Já em Santa Catarina os dados divulgados no Boletim Epidemiológico de HIV e Aids demonstram uma diminuição de 32% das taxas de contaminação em comparação com 2019.  

Apesar de os números de infecção estarem diminuindo, grupos de apoio à portadores do HIV ainda estão em alerta. No dia 7 de dezembro, o Ministério da Saúde deixou vencer um contrato com a empresa que realizava testes de genotipagem, essencial para as pessoas com HIV, Aids e hepatites virais, pois é por ele que acontece a determinação do melhor tratamento para aqueles que desenvolvem resistência a algum medicamento. Atualmente a previsão para retomada dos testes é janeiro de 2021. Além disso, em maio de 2020 o Departamento de HIV e Aids no Ministério da Saúde foi extinto. 

 

 

A médica infectologista Luisa Andrea Torres Salgado, da Secretaria de Promoção da Saúde de Blumenau, foi entrevistada pela equipe da FURB FM e explicou que a faixa etária onde essa contaminação é maior é entre os jovens de 20 a 34 anos, e que isso se mantém em quase todo o país.   

 

Luisa conta que há algumas hipóteses aceitas pelos especialistas do por quê desta realidade, entre elas a não adesão adequada do uso de preservativos em todas as relações sexuais, ou que não tenham vivido o início e a pior parte da epidemia dos anos 80 e 90, quando os conhecimentos médicos eram mais limitados. “É importante que as campanhas se mantenham, que a gente continue falando sobre isso, que as pessoas procurem e que façam o teste, porque é muito melhor que você tenha o seu diagnóstico para poder acessar o tratamento e ter qualidade de vida”, afirma a médica infectologista.  

 

Além disso, ela explica que a estratégia de prevenção adotada no país utiliza diversas abordagens para prevenir uma infecção, desde o uso de preservativos e medicamentos de Profilaxia Pré e Pós-Exposição ao vírus, à testagem e o tratamento para tornar os pacientes até o vírus ser indetectável e interromper a transmissão.  

 

No segundo episódio produzido, a entrevistada é a professora do curso de Psicologia da FURB, doutora em Psicologia Social, Catarina Gewehr, que aborda os comportamentos de risco para a doença.  

 

Os interessados em ouvir os dois podcast da rádio educativa sobre a temática do HIV / Aids podem acessar o YouTube da FURB TV.