Projeto Saúde do Adolescente finaliza divulgação dos resultados às escolas participantes
Por Camila Maurer [15/08/2025] [18 h15]
A equipe do projeto Saúde do Adolescente (GECCIA/FURB) finalizou nesta quinta-feira, 14, o ciclo de divulgação dos resultados do estudo que revelou o perfil de saúde dos adolescentes entre 10 e 15 anos das escolas municipais de Blumenau. A devolutiva realizada na Escola Básica Municipal Anita Garibaldi, na Itoupava Central, reuniu as turmas do sexto ao novo ano em diversos horários ao longo de todo o dia. Além de conhecerem os principais resultados do estudo, os estudantes receberam orientações de saúde bucal e levaram para casa um material educativo que vai ajudá-los a montar um prato saudável e cheio de nutrientes.
“Em 2023, fizemos a coleta nas seis escolas sorteadas, que representavam cada uma das macrorregiões de Blumenau. Para fechar esse ciclo da pesquisa, estamos voltando em cada uma das escolas e entregando um painel com seus dados de consumo alimentar, de saúde bucal e estado nutricional”, explica Angélica Ludwig, uma das pesquisadoras que integram o projeto. O estudo foi conduzido pelo Grupo de Estudos em Condições Crônicas na Infância e Adolescência (GECCIA/FURB), vinculado ao Mestrado em Saúde Coletiva, e contou com a colaboração de mais de 50 pesquisadores no processo de coleta de dados realizado em 2023. O estudo coletou dados de saúde de 675 estudantes entre 10 e 15 anos matriculados em seis escolas municipais de Blumenau.
A pesquisa revelou que 31,3% dos adolescentes participantes apresentavam excesso de peso. Entre eles, 18,2 % estavam em sobrepeso, 11,3% apresentavam obesidade e 1,8% possuíam obesidade grave. A pesquisa revelou, ainda, que 65,4% dos adolescentes que participaram da pesquisa estavam em eutrofia, isto é, em estado de normalidade do ponto de vista nutricional, 3% apresentam magreza e 0,3% dos adolescentes estudados estão em situação de magreza extrema.
Outro recorte do estudo mostrou que 32,69% dos estudantes que participaram da pesquisa apresentavam cárie dentária, índices inferiores às taxas nacionais e dentro dos limites preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os adolescentes pesquisados, a maioria relatou escovar os dentes três vezes ao dia; 50% afirmaram usar fio dental e 40% informaram o uso de enxaguante bucal. Os adolescentes que apresentavam cárie dentária relataram escovar os dentes com menor frequência.
Para Ludwig, a divulgação dos resultados às escolas participantes deve permitir que a comunidade escolar adote medidas educativas baseadas na realidade concreta. “É uma forma de levar uma educação em nutrição e saúde de volta para essas escolas para que elas consigam identificar qual é o perfil de saúde que esses adolescentes de 10 a 15 anos têm e possam, a partir disso, gerar ações de saúde”, destaca.