Violência infantol-juvenil é tema de eventos virtuais até sábado
Por Central Multimídia de Conteúdo/Jornalismo [21/05/2020] [14 h51]
Foto: CMC
Várias atividades marcam esta semana o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. Nesta quinta-feira, 21 de maio, às 17 horas, o Grupo de Estudos em Biopolítica da Universidade Regional de Blumenau (FURB) realiza live pelo @biopoliticafurb, organizada por professores do Curso de Psicologia, com o tema “Infância e Necropolítica”,
Os eventos deram início em 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescente e seguem até sábado, 23 de maio, às 19h30, com o 4º DaClobe Talks, evento organizado pelo Centro Acadêmico Clóvis Beliváquia (Daclobe), do Curso de Direito, com o tema “Gênero, Infância e Violência doméstica: o papel do direito nas relações sociais”. A roda de conversa contará com a presença de Raissa Pagot, professora e pesquisadora da Universidade de Sidney, na Austrália; de Alice Birchal, desembargadora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMJ) e de Wanda Falcão, professora da FURB.
As ações da semana abordam enfrentamento à violência no contexto de sociedades periféricas, como a brasileira e o dia consagrado ao assunto é um marco para a consolidação de legislação específica sobre o tema e a criação de um plano nacional que estabeleceu diretrizes gerais para uma política pública de enfrentamento à violência infanto-juvenil.
A professora Wanda Falcão, que participa da live sobre Infância e Necropolítica, comentou que “para que a gente tenha a elucidação de dados, de pesquisas por parte do Governo Federal, Estadual e Municipal é importante que relatórios e boletins sejam disponibilizados à luz, para que a sociedade brasileira tenha acesso a eles e perceba que de fato temos uma situação bastante preocupante”.
De acordo com dados do MInistério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, 17 mil ocorrências feitas pelo canal do Governo em 2017 correspondiam à violência sexual contra crianças e adolescentes. Outros dados indicam que, em até 73% dos casos, o abuso sexual ocorre na casa da própria vítima ou do suspeito e é cometido por pai ou padrasto em 40% das denúncias.
Para Wanda Falcão, esses dados tornam o tema ainda mais delicado e os debates cada vez mais necessários: “esse tema que é tão doloroso, para qualquer pessoa a gente sabe que é… [temos o problema] de não querer aceitar nem apontar esse problema social como algo crônico que se tem no nosso país”.
A professora seguiu explicando que, para ela, o melhor combate e prevenção é a educação. “A gente [enquanto adultos] deve se assegurar de forma clara, nítida e científica, do que configura abuso sexual e exploração sexual, seja na performance da prostituição, da pornografia, das redes de tráfico ou do turismo por motivação sexual, para que se repasse essa informação de forma qualificada e adequada para crianças e adolescentes na escola e em casa”, finalizou Wanda Falcão.
Live Infância e Necropolítica
Quando: 21/05, 17h
Onde: @biopolíticafurb
4º DaClobe Talks: Gênero, Infância e Violência Doméstica
Quando: 23/05, às 19h30
Onde: @odaclobefurb