“Nós adiamos a realização do festival, mas não adiamos o nosso compromisso, ele continua mais intenso do que nunca”, afirma Oklinger Mantovaneli Junior, pró-reitor de pesquisa, pós-graduação, extensão e cultura da FURB sobre a suspensão da 32ª edição do Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau (Fitub), depois de ter participado do I Fórum FITUB, que foi realizado no sábado, dia 6 de julho.

 

Segundo o pró-reitor, a Universidade Regional de Blumenau não tem medido esforços para buscar uma aproximação com o meio político e empresarial. A instituição tem necessidade de captar recursos externos para a realização do festival, que pode acontecer ainda este ano se houver apoio.

 

A alternativa mais viável no momento, de acordo com Oklinger, é uma emenda impositiva da ex-deputada estadual Ana Paula Lima, que estava prestes a ser contemplada pelo Governo do Estado quando foi interrompida para ajustes técnicos. A equipe da Divisão de Cultura da FURB dedicou os últimos meses para as correções exigidas e no início de julho fez o reencaminhamento à Assembleia Legislativa.

 

A previsão é de que já nos próximos dias o documento esteja nas mãos do secretário de Educação do Estado, Natalino Uggioni. O pró-reitor Oklinger espera que “possamos ter esses recursos disponíveis para, sobretudo, potencializar o caráter educativo, que é a cara do nosso festival”. Para a gestão superior da FURB, a universidade não possui condições de sozinha, assumir todos os gastos do FITUB e por isso busca aproximação com a classe empresarial da região e com políticas de incentivo à cultura.

 

Para encontrar soluções em virtude do adiamento da 32º edição do festival, a Universidade de Blumenau promoveu o 1º Fórum FITU, no Teatro Carlos Gomes. O tema do evento foi “Cultura, Formação e Impactos Sociais do Teatro”. De acordo com o coordenador do festival, Fábio Hostert, a ideia do fórum nunca foi substituir o FITUB mas “a partir desse adiamento, poder refletir sobre como a gente vem, em vários setores de todo o país, recebendo baixas ou dificuldades para realizar a nossa arte”. Durante o fórum algumas sugestões foram levantadas, mas conforme Hostert “é difícil em uma situação como esta, encontrar uma solução imediata”.