Fósseis de 220 milhões de anos expostos na Universidade
Por Central Multimídia de Conteúdo/Jornalismo [11/11/2019] [12 h42]
A FURB inaugura nesta quinta-feira, 14 de novembro, na Biblioteca Universitária, campus 1, o móvel de exposição permanente dos fósseis do Endothiodon e Labirintodonte. A ação é resultado de uma parceria entre a Biblioteca e o Centro de Ciências Exatas e Naturais, por meio do curso de Ciências Biológicas. Na ocasião, o professor Dr. Juarês Aumond fará uma palestra a respeito das pesquisas feitas em torno das descobertas e da importância dos fósseis, além da apresentação do móvel expositivo.
Segundo o professor, as pesquisas do Endothiodon e do Labirintodonte representaram importante contribuição do curso de Ciências Biológicas da FURB para a compreensão da história do período geológico Permiano Superior do continente Gondwana. O continente Gondwana incluía a América, a África, a Antártida, a Austrália e a Índia. Os animais primitivos que viviam nessa era podiam circular livremente nesse grande continente (AUMOND, 2013).
O Endothiodon e o Labirintodonte viveram na véspera da maior extinção em massa já ocorrida na Terra, ocasião que dizimou 50 das 54 ordens de vertebrados que viviam nesse período geológico que antecedeu a Era dos dinossauros. “Nós, humanos, somos descendentes de uma dessas quatro linhagens de sobreviventes”, afirma Aumond.
Dos fósseis que poderão ser visitados a partir de quinta-feira, 14, o Endothiodon foi encontrado pelo professor Aumond na Serra do Cadeado (PR) em 1973, e o Labirintodonte, na Serra da Santa, no município de Otacílio Costa (SC). Ambos os fósseis, o Endothiodon e o Labirintodonte, foram encontrados na mesma formação geológica (Formação Rio do Rasto) do final do Período Permiano, que antecedeu a grande colisão dos continentes, a qual originou o supercontinente Pangeia.
O fóssil do Endothiodon é de um crânio com mandíbula inteira e achatada. É o fóssil do animal terrestre mais primitivo da América do Sul (cerca de 220 milhões de anos), e até a sua descoberta só havia sido encontrado na África do Sul. O fóssil do Labirintodonte é de um crânio cuja dentição mostra dentes cônicos e cheios de cavidades. As imagens da tomografia computadorizada permitiram identificar os dentes palatais, as cavidades das narinas internas e as fileiras duplas de dentes.
O evento é gratuito e aberto a toda comunidade. A palestra com o professor Juarês Aumond será às 19 horas, no Auditório da Biblioteca Universitária, Bloco H, campus 1.