Não produção do lixo em debate no PET Biologia
Por Central Multimídia de Conteúdo/Jornalismo [19/06/2019] [21 h33]
Latinha de alumínio, garrafa plástica, papel… Só em Blumenau são produzidas mais de 300 toneladas de resíduo por dia. Mas você sabe pra onde vai todo esse material? Essa discussão esteve em pauta na noite de segunda-feira, 17 de junho, na FURB. Os alunos do Programa de Educação Tutorial (PET) Biologia organizaram um bate-papo com profissionais que entendem do assunto, para marcar o junho verde, mês de conscientização ambiental.
O presidente da Gestão Ambiental da FURB, Nicolau Cardoso Neto, explica que falar sobre resíduo é essencial porque "algumas vezes as pessoas acham que estão fazendo certo, simplesmente fazendo a separação, mas existem outras questões que devem ser compreendidas, como a não produção, o conhecimento da informação, discussão sobre o assunto, até para que eles possam compreender esses ciclos ou a política reversa em alguns casos - que é destinar alguns resíduos de volta para a empresa porque existe a necessidade de um tratamento especial."
Fazer a separação correta de cada resíduo é muito importante, mas ainda falta conscientização da comunidade. Hoje Blumenau é um dos municípios do Vale do Itajaí que mais produz lixo, ou melhor, resíduo. "A partir do nascimento da política nacional dos resíduos sólidos a gente tenta não usar mais o termo lixo. Se formos olhar no dicionário, lixo seria aquilo que não tem mais serventia. A política traz uma lógica de tentar fazer primeiro que eu não faça a produção do resíduo, tente reutilizar, transformar, reciclar e, por fim, descartar o que a gente tradicionalmente chama de lixo, o que seria não dar mais nenhuma utilidade. Ela tenta de alguma forma trazer uma logística para esse resíduo, tentar entender se a gente pode utilizar ou transformar esse resíduo antes de descartar ele de uma forma a não utilizar mais", complementa Neto.
O sócio da Carbo Brasil Gestão Inteligente de Resíduos Sólidos, Ricardo Lavina, falou sobre o exemplo da empresa que está transformando o resíduo que seria descartado. Há três anos em Blumenau, começaram transformando os rejeitos industriais em novos produtos. "A gente tem um processo que faz a captação desses resíduos, coloca numa máquina que faz uma homogeneização e transforma numa massa a qual conseguimos prensar e transformar em qualquer produto que a gente consiga fazer nos moldes," descreve.
Já em relação ao que é descartado em Blumenau, a prefeitura está implantando uma mecanização pela cidade. Utiliza dois tipos de contêineres: um para o lixo reciclável e outro para o convencional. Arnoldo Pahl, da Samae, diz que atualmente a cidade está coletando cerca de 500 toneladas de resíduos reciclados. Material que beneficia a Coopereciblu, cooperativa que está instalada no pátio do transbordo do Samae. “Agora estamos tentando fazer uma gestão dos resíduos, até porque temos que diminuir significativamente o que enviamos para o aterro," finaliza Pahl.
A FURB TV acompanhou a palestra. Veja como foi no vídeo abaixo.
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