Pesquisa aprecia produtos vegetais no tratamento da água
Por Gabinete da Reitoria/Jornalismo [21/03/2017] [10 h59]
Foto: Divulgação
O mestrando Lúcio Belo, do Programa de Pós-graduação em Química da FURB, defende nesta terça-feira (21-03), às 14 horas, na sala G 206, uma dissertação intitulada Aplicação da casca e da polpa da semente de Moringa oleifera no tratamento de água para consumo. O trabalho foi orientado pelo Prof. Dr. Edésio Luiz Simionatto.
A planta Moringa oleifera é nativa da Índia e cresce atualmente em vários países tropicais, como Angola, Brasil e Timor-Leste. As sementes podem ser utilizadas para o consumo humano, para os animais e também apresenta o potencial para o tratamento de águas para o consumo, pois é rica em lipídeos e proteínas. Neste sentido, este trabalho avaliou a aplicabilidade do extrato de semente da M.oleifera e das cascas em etapas de tratamento de água ao consumo humano, envolvendo as etapas de coagulação, floculação e filtração.
Metodologia
Foram realizadas as análises para a caracterização da semente de moringa. Foram realizados testes para a remoção de corante e ferro (II) utilizando diferentes proporções de extratos de semente e formas de filtração, como papel filtro, algodão e cascas tratadas com NaOH. Também foram avaliadas águas naturais de diferentes fontes, como Rio Itajaí-Açu na entrada da Estação de Tratamento de Água-SAMAE, Ribeirão da Velha próximo ao Parque Ramiro Ruediger e do Ribeirão do Garcia. A caracterização química das sementes de M. oleifera apresentou um elevado teor de lipídios, composto majoritariamente pelo ácido oleico.
Resultados
Os teores de proteínas e de carboidratos foram menores que o de lipídios, e com baixo teor de umidade. As remoções de corante e de íons ferro foram possíveis somente com a presença do extrato de sementes e com as cascas tratadas com NaOH. Para as águas naturais utilizando os extratos de sementes e cascas, verificou-se a redução acima de 85 % da turbidez inicial, apresentando-se dentro dos limites da potabilidade de água para consumo. Os resultados evidenciaram que o tratamento com M. oleifera é adequado para o tratamento de águas para consumo humano.