Em sua segunda visita a Blumenau, a autora Antonieta Megale, pesquisadora da educação vinculada à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foi a grande convidada para dois eventos realizados na noite de sexta-feira (21) no auditório do bloco J do campus 1 da FURB. Na ocasião, houve a aula magna do curso de Letras da Universidade, com atividades elaboradas pelo Centro Acadêmico dos Estudantes de Letras (CAEL), e o 3º Seminário de Internacionalização da Educação Básica, liderado pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE).

Na pauta, as discussões no meio intelectual de autores que defendem a inclusão de uma educação plurilíngue desde a primeira infância, assim como práticas educacionais que facilitem este tipo de política a curto prazo. A visita da pesquisadora paulista, que também é diretora acadêmica a nível de Brasil de uma rede internacional de escolas de idiomas para crianças, ocorreu para que ela participasse, durante a manhã de sexta (21) da banca de defesa da dissertação de mestrado de Eduardo Schiller, agora Mestre em Educação pela FURB, que tratou da oralidade em inglês como língua adicional, avaliando um estudo de caso registrado em Bombinhas, no Litoral Catarinense.

“A Universidade está na sociedade, então não há como ficar destacado do que o mercado de trabalho precisa, do que as pessoas procuram. A gente precisa suprir as necessidades da sociedade enquanto Universidade e se a gente não discutir educação, que país teremos no futuro? Então, precisamos discutir educação de modo amplo, incluindo as línguas nesse processo, porque sem as línguas a gente não expressa o nosso pensamento” reflete a pesquisadora Cyntia Bailer, orientadora da dissertação e docente do PPGE/FURB.

No decorrer da aula magna, foi debatido entre os docentes e estudantes a necessidade de repensar a educação plurilinguística para uma sociedade intercultural. Foram destacados exemplos de políticas já em vigor em municípios como Blumenau, com escolas públicas municipais bilíngues alemãs. Entretanto, os pesquisadores alertaram para a necessidade de se pensar a educação bilingue também para línguas latino-americanas, tendo em vista os grandes fluxos migratórios registrados nos últimos anos entre os países da América do Sul.

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