Várias áreas do conhecimento se reúnem em debate na FURB sobre a luta antirracista

Várias áreas do conhecimento se reúnem em debate na FURB sobre a luta antirracista

Foto: Lucas Adriano

Na véspera do Dia Nacional da Consciência Negra, a FURB sediou uma roda de conversa com o tema “Consciência negra e branquitude: a luta antirracista”. Feriado nacional pela primeira vez em 2024, a data marca os 329 anos da morte de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo brasileiro. Após mais de três séculos, seu legado humanístico transpassa gerações, demonstrando que o Brasil ainda precisa amadurecer determinados conceitos enquanto nação com histórico escravocrata e discriminatório.

“Quando a gente discute a luta antirracista, a gente está falando de uma discussão interdisciplinar, transdisciplinar, multidisciplinar, porque não é apenas de uma área. A população negra sofre por uma falta de uma justiça ampla, pela falta de uma saúde ampla, pela falta de uma educação ampla, então todos os setores da Universidade, todos os estudantes da Universidade envolvidos nessa discussão, são fundamentais para que a consciência negra se amplie” ressalta o professor Nelson Afonso Garcia Santos, docente vinculado ao Centro de Ciências Humanas e da Comunicação da FURB e que coordena o Núcleo de Estudos Afrobrasileiros (NEAB).

Imagem
Várias áreas do conhecimento se reúnem em debate na FURB sobre a luta antirracista
Foto: Lucas Adriano

O núcleo existe há aproximadamente dez anos e está aberto à participação de estudantes de todas as áreas do conhecimento. Um deles é a Vitória Sabrina Rodrigues dos Santos, acadêmica do Direito, que participou da roda de conversa enquanto representante do Movimento Reinventar FURB e do Movimento de Mulheres Olga Benário.

Outra participante do núcleo, que acompanhou seu processo de constituição, foi Renata Waleska de Sousa Pimenta, docente que hoje é Pós-Doutora em Educação e que teve espaço de fala na roda de conversa para relembrar os desafios que o ensino possui para incutir nos jovens e adolescentes a compreensão da realidade social brasileira. Cenário este que, na visão dela, conserva o conceito de branquitude, com profissões segregantes, nas quais poucos negros se encorajam para trilhar uma carreira de sucesso.

O debate realizado na noite de terça-feira (19) na FURB contou ainda com a participação do docente Carlos Alberto Silva da Silva, integrante do NEAB, Doutor em Ciências da Linguagem e Pós-Doutorando em Educação, sendo membro e intelectual do Movimento Negro, com atuação em várias associações e grupos de estudos que tratam do assunto no Brasil e em outros países latino-americanos. O encontro contou com a mediação do advogado Marco Antonio André, egresso da FURB, que integra a Comissão da Igualdade Racial da OAB-SC.

Assista à reportagem abaixo produzida pela equipe de Jornalismo da FURB e confira como foi a roda de conversa: