IFFSC recebe reforço de pós-doutoranda da Espanha

IFFSC recebe reforço de pós-doutoranda da Espanha

Foto: Divulgação

Um edital internacional lançado em junho deste ano selecionou uma pós-doutoranda em Engenharia Florestal, vinda da Espanha, para atuar junto ao Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC), com “Monitoramento da cobertura florestal do Estado de Santa Catarina”. A bolsista Eva Sevillano Marco está em Blumenau desde outubro. Na foto, Eva está com Adilson Luiz Nicoletti, que tem bolsa de pós-graduação no programa.

Eva foi selecionada entre 17 candidatos. O edital internacional foi a opção da equipe de pesquisa, uma vez que aqui no Brasil não se encontrou candidatos com as qualificações desejadas ao projeto, conforme explica o professor Alexander Vibrans, um dos pesquisadores. Pelo edital de seleção, a bolsa de pós-doutorado de Eva tem duração até setembro de 2019.
 
A atuação de Eva está focada no Monitoramento com Sensoriamento Remoto. “Nosso objetivo é coletar e analisar florestas naturais no estado de Santa Catarina”, disse a bolsista.
 
E ela tem o conhecimento necessário a este projeto. Entre suas áreas de estudo e atuação estão inventário florestal em alguns países da Europa, mapeamento coberto, silvicultura, modelos de crescimento florestal e produtividade, modelos de adequação ecológicos paramétricos, entre outros.

A adaptação
Eva conta que nunca tinha vindo ao Brasil. A entrevista para a seleção foi feita via Skype. Assim que soube da resposta, não teve muito tempo para se preparar. Precisou da ajuda de alguns pesquisadores do grupo – futuros colegas – para intermediar algumas questões burocráticas. Hoje, passados três meses de vivência na cidade, ela ainda sente alguns desafios, principalmente na questão da mobilidade urbana e na adequação a alguns hábitos, como por exemplo, o horário das refeições. “Estou me adaptando aos poucos”, disse, com sotaque bem carregado de espanhol.
 
Aliás, a língua também foi uma dificuldade. Assim que chegou a Blumenau, sentia-se mais a vontade de se comunicar com a equipe falando em inglês. Agora, fala mais o espanhol. O que tem ajudado muito neste quesito são as aulas de português para estrangeiros, ministradas pelo FURB Idiomas.

A pesquisa
Apesar do pouco tempo com a equipe de trabalho, Eva já se sente habituada a rotina. Já foi duas vezes a campo e percebeu as diferenças entre as florestas daqui com as da Espanha. “Tudo é diferente. Aqui as florestas são mais densas. Lá não há muitas florestas naturais e nem tanta diversidade quanto aqui. Lá, o sistema de GPS funciona quando estamos a campo dentro das florestas. Aqui, não, justamente por conta das características diferentes. Estou descobrindo um novo mundo”, compara.

Com este monitoramento da cobertura florestal, segundo ela, será possível fazer comparativos desde a década de 70. “Com base neste mapeamento é possível implementar metodologias de preservação em várias áreas”, comentou.

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