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Na primeira quinzena de maio, 19 representantes de instituições do Sistema Acafe visitaram seis universidades espanholas para conhecer o modelo de ensino superior público do país ibérico e abrir caminho para a criação de convênios de transferência de tecnologias e serviços, bem como novos programas de intercâmbio. O pró-reitor de Administração Udo Schroeder representou a FURB na viagem, que incluiu no roteiro visitas a parques tecnológicos como os das universidades de Girona e Valência, este com 138 mil metros quadrados.

 

O relatório completo da viagem foi lançado semana passada. Acesse o documento aqui.

 

Ancorados na produção científica de universidades e centros de pesquisa, parques tecnológicos vêm sendo implantados em todo o mundo, principalmente a partir dos anos 1990, como estratégia para fomentar a inovação tecnológica e aproximação da ciência com o mercado. Em Santa Catarina, o Plano SC@2022, desenvolvido pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), tem como um objetivo incentivar a criação de parques tecnológicos, pólos de inovação e incubadoras de empresas. “Na região do Médio Vale do Itajaí, a FURB pode ser a ponta de um destes parques tecnológicos”, avalia Schroeder.

 

Segundo o pró-reitor, um assunto recorrente na visita foi a situação econômica da Espanha – onde a taxa de desemprego entre jovens é de 52,4%, segundo dados da Eurostat divulgados nesta segunda-feira (2/7). “A maioria das universidades do país são públicas, mas os estudantes pagam uma taxa que equivale a 20% do valor de uma mensalidade. Devido à crise econômica, eles estão sem demanda, e querem vender estes serviços para outros países. É um bom momento para quem quer estudar na Espanha”, afirma Schroeder.

 

Com as conversas nas seis universidades, a delegação pretende otimizar o aproveitamento de bolsas de estudos através do Ciência Sem Fronteiras, do governo federal, e também do Erasmus Mundus, composto por uma rede de 82 universidades de 17 países europeus. Criado em 2004, o programa objetiva, através de intercâmbios de mestrado para estudantes de várias regiões do mundo, reforçar a qualidade do ensino superior na Europa e promover diálogos entre povos e culturas.