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ARQUIVO DE NOTÍCIAS


15/07/2013 - Laboratório da FURB cria programa para start-up de reciclagem

Pesquisa realizada em Blumenau no mês de junho pelo Projeto Focus, do curso de Publicidade e Propaganda da FURB, revelou que 56% dos entrevistados sempre separa resíduos orgânicos e recicláveis. No entanto, somente 24% deles sabe descartar um eletrodoméstico e menos ainda, 15,7%, um eletroeletrônico usado ou estragado. Com a redução nos impostos da chamada linha branca – fogões, geladeiras, ar-condicionados –, o Brasil viu aumentar ainda mais a pilha de resíduos deste tipo, somando-se a computadores, celulares e afins. Com o apoio do Laboratório de Desenvolvimento e Transferência de Tecnologias (LDTT) da FURB, uma start-up blumenauense está criando uma solução de logística reversa para esta indústria, que com a Lei Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010, tem o dever de se responsabilizar pelo destino final desses produtos. Na segunda-feira, às 19h, acontece o lançamento do projeto “Lixo Eletrônico” no Clube Guarani, bairro Itoupava Norte.

 
Aprovada no ano passado pelo edital Sinapse da Inovação, da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), a Redefinir Logística Reversa pretende trabalhar com 3 toneladas mensais de lixo eletroeletrônico e eletrodoméstico até o final de 2013. Consumidores, fabricantes e coletores serão conectados através de um software desenvolvido pelo LDTT e que, futuramente, poderá ser franqueado para outros municípios. “A empresa nos procurou para construir o software e acabamos criando um modelo de negócio. O consumidor liga para o 0800 da empresa que fabricou o produto que ele quer descartar e as informações vão para o programa, que identifica como será feito esse descarte”, explica o professor doutor Mauro Marcelo Mattos. A coleta deve ser dividida entre lojas e empresas de assistência técnica autorizada das indústrias, coletores contratados e também pontos de coleta, conforme as necessidades de cada bairro ou região.
 
Informação
Mas um dos primeiros desafios da start-up está na comunicação. “A pesquisa do Projeto Focus revelou que as pessoas não sabem o que fazer com esse tipo de lixo. O consumidor tem de saber que, desde 2010, as empresas são obrigadas a oferecer meios de descartar corretamente esses produtos”, afirma Fabiana Dallacorte, uma das sócias da Redefinir. “A pedido do LDTT, focamos as entrevistas da pesquisa na questão do descarte de cada tipo de resíduo, e descobrimos que, enquanto as pessoas já sabem como jogar fora pilhas e baterias, graças à campanhas de conscientização, o mesmo não ocorre com produtos da linha branca e eletroeletrônicos. Ainda falta informação e meios de fazer esse descarte”, analisa o professor Thiago dos Santos, um dos coordenadores do Projeto Focus.
 
No Clube Guarani, será criado um ponto de coleta experimental. Quem descartar produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos no local receberá um certificado. O material coletado será desmontado em um galpão no bairro da Velha, onde acontecerá a triagem e separação de cada material – plástico, metal, borracha, vidro, etc. Gases como o CFC e R22, presentes em refrigeradores e ar condicionados, serão extraídos e armazenados em cilindros especiais.
 
Pesquisa Focus
A pesquisa foi realizada por alunos da disciplina “Pesquisa em Comunicação”, do curso de Publicidade e Propaganda. Foram entrevistadas 515 pessoas, em todos os terminais de ônibus da cidade. O Projeto Focus funciona como um projeto de extensão da FURB, levantando informações relevantes para a comunidade. Já foram realizadas pesquisas eleitorais, sobre a qualidade de vida e consumo de mídia em Blumenau, entre outros.
 
Confira outros número da pesquisa:
 
- 22,4% dos entrevistados nunca separam o lixo orgânico do reciclável
 
- 67,7% sabem se a rua onde residem tem serviço de coleta seletiva
 
- 65,4% já venderam produtos para reciclagem
 
- Pilhas recebem encaminhamento especial em 50,8% dos casos. Em seguida aparecem vidro (41,9%) e baterias (37,8%)
 
- 45% das pessoas doaram o último eletrodoméstico que pretendiam se desfazer. 4,5% jogaram em um lixo normal e 2,1% em um lixão.
Publicação: 15/07/2013 - Coordenadoria de Comunicação e Marketing | Foto(s): Divulgação

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