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 Fugindo da generalização e do determinismo que desenvolvimento é crescimento econômico, as Nações Unidas, pelo PNUD, acresceram o elemento humano no conceito através da criação do IDH, ditando que desenvolvimento se perfaz pelo progresso econômico e pelas inovações de uma população consciente, que exerce seus direitos inobstante à ação do Estado.

 

 Esse exercício de direitos pressupõe indivíduos com acumulação de conhecimento (capital humano), os quais, ao largo do Estado, em união ungida pela confiança, reciprocidade e solidariedade, buscam um bem comum (capital social). Esse tipo de sociedade possibilita o crescimento de renda, realimentando o processo de expansão do capital humano e social, e daí sucessivamente, induzindo o desenvolvimento.

 

Os conflitos naturalmente existentes em uma vida comunitária são, por monopólio, resolvidos pelo Estado, via jurisdição, que, por não o fazer adequadamente, incentiva a população a procurar os meios alternativos de solução, os quais se constituem em um ato de poder social. Essa união para a solução da desavença apenas é possível via confiança e tolerância comuns, ou seja com os elementos do capital social.

 

Isto posto, chegamos a uma dúvida, que é o objeto do trabalho: por que, no Brasil, os meios paraestatais de solução de conflitos são tão inexpressivos, enquanto que, na maior parte do mundo, a solução estatal é a alternativa, e não o contrário? A pesquisa realizada permitiu visualizar uma ligação das sociedades que resolvem prioritariamente, de forma privada, seus conflitos, em ato de autonomia social com as sociedades detentoras de alta classificação no índice de desenvolvimento do PNUD, podendo, em conclusão, se afirmar que os meios alternativos de solução de conflitos podem ser tidos como elemento de consolidação da sociedade civil e indicativo de desenvolvimento.