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17/03/2015 - Estudado o potencial terapêutico da amoreira preta


A mestranda Tatiane Dias Moreira, do Programa de Pós-graduação em Química da FURB, defende nesta quinta-feira (19 de março), às 9h30min, na sala S 307, Campus I, a dissertação Estudo fitoquímico e dos efeitos hipolipidêmico e antioxidante do extrato aquoso de amoreira preta (Morus nigra L.) em ratos submetidos à hiperlipidemia aguda. O trabalho foi orienta pela Profa. Dra. Ana Lúcia Bertarello Zeni.
 
A amoreira preta (Morus nigra L.) é uma planta utilizada, popularmente, no Brasil e em outros países, principalmente, como repositor hormonal, analgésico, hipoglicemiante e anti-inflamatório. Seus benefícios estão relacionados ao número de substâncias bioativas presentes em sua composição, como os compostos fenólicos com atividade antioxidante capazes de reduzir o estresse oxidativo e contribuir à prevenção de doenças cardiovasculares.
 
Metodologia
Considerando a possível variação sazonal no teor de metabólitos secundários, foi realizada uma caracterização fitoquímica para selecionar a estação mais adequada à coleta de material vegetal para o desenvolvimento de estudos de efeito hipolipidêmico. Os maiores valores obtidos nas quantificações foram: fenólicos, estação verão, e pelo método de extração de infusão (76,46 ± 1,04 mg/g); flavonoides, estação outono, e pelo método de infusão (86,11 ± 4,38 mg/g); vitamina C, estação verão, e através de decocção (10,25 ± 0,30 mg/mL).
 
Para carotenoides totais, a melhor estação foi o outono (19,53 ± 0,07 mg/g). Quanto ao rendimento, destacou-se a estação primavera (33,50 ± 0,05%) através de decocção. A avaliação da atividade antioxidante pelo método DPPH revelou o valor de (79,39 ± 4,66%) no extrato hidrometanólicona estação verão.
 
A análise por cromatografia líquida de alta eficiência indicou a presença de compostos fenólicos como o ácido clorogênico, ácido gálico, ácido cafeico, ácido ferúlico, catequina, quercetina e rutina no extrato aquoso de infusão. Os ratos foram submetidos à hiperlipidemia aguda e tratados com extrato aquoso de infusão das folhas de amoreira preta. Após o tratamento com a infusão, os ratos apresentaram diminuição significativa (P < 0,001) de colesterol total, triglicerídeos e lipoproteína de muito baixa densidade, quando comparados ao grupo hiperlipidêmico.
 
Porém, para lipoproteína de baixa densidade não houve variação significativa enquanto que o nível de lipoproteína de alta densidade aumentou quando comparados ao grupo hiperlipidêmico e tratados com fenofibrato (P < 0,001). Na peroxidação lipídica dos órgãos, córtices e hipocampos, o grupo controle comparado ao hiperlipidêmico e o grupo hiperlipidêmico em relação aos demais grupos (P < 0,001), para fígados e rins (P < 0,05) para grupo controle comparado ao hiperlipidêmico e o hiperlipidêmico comparado aos grupos fenofibrato e extrato de 200 mg/Kg, em relação aos extratos de 100 e 400 mg/Kg (P < 0,001) para fígados e (P < 0,01) para os rins.
 
Resultados
Através deste estudo, foi possível traçar um perfil fitoquímico sazonal, identificar compostos fenólicos e demonstrar, pela primeira vez, os benefícios das folhas de amoreira preta na modulação de parâmetros lipídicos séricos e na diminuição da peroxidação lipídica em ratos, demonstrando potencial terapêutico no que se refere ao tratamento de hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia.
Publicação: 17/03/2015 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): Divulgação

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