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04/08/2015 - Aumond alerta para novas crises de água e de energia


“A humanidade vive um momento delicado, de crise, em função das mudanças climáticas, pois acabou a linearidade do comportamento climático. Tudo pode acontecer. Devemos nos preparar porque os extremos meteorológicos serão mais frequentes. A natureza está dando sinais claros que estamos vivendo um momento singular de desequilíbrio que afeta todo Planeta com desastres ambientais, socioeconômicos e perdas de vidas, por causa da interferência humana na natureza em sua busca pelo crescimento a qualquer custo. Não só a economia está globalizada. Os problemas também. E as mudanças climáticas são a novidade a impulsionar a inovação tecnológica".
 
O alerta foi reiterado pelo professor Dr. Juarês Aumond, hoje pela manhã na FURB, ao abrir a primeira edição do Grupo de Intercâmbio de Experiências de Meio Ambiente, um evento promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha Santa Catarina (AHK-SC), sediada em Blumenau.
 
O evento da Câmara faz parte de uma sequência de encontros que abordarão a relação ser humano-natureza e o uso consciente dos recursos naturais disponíveis. O objetivo é a conscientização da indústria local e profissionais da área, a partir da troca de informações e experiências sobre o assunto. Os tópicos apresentados nesse primeiro momento, no formato de cinco minipalestras, serão aprofundados nas próximas reuniões.
 
Alerta global e local
 
O professor Juarês Aumond abordou o tema “Mudanças Climáticas: Desastres; Crise Hídrica, Matriz Energética Brasileira, Produção e Conservação de Energia”.  
                    
Geólogo e doutor em Engenharia Civil, Aumond é estudioso do tema há quase 50 anos. Para ele, “as mudanças climáticas não têm mais retorno”. Disse, também, que viveremos momentos de imprevisibilidade e de desequilíbrios climáticos acentuados e localizados, que podem gerar nevascas intensas, como a de 2013 em Itaiópolis; ou outras tragédias de enormes proporções como os deslizamentos de Teresópolis (2011, com morte de 300 pessoas) e em Blumenau/Vale do Itajaí (2008), secas, enchentes, enquanto o globo continua aquecendo, Esses desequilíbrios ambientais também vão influenciar fortemente o degelo das calotas polares, a elevação do nível do mar em 50 centímetros nas próximas décadas, provocar fortes estiagens e crise de água (como de Cantareira, em São Paulo, com a maior seca em 50 anos) e crise de energia, em que pese o Brasil ser privilegiado com seus inúmeros rios.
 
-- Não podemos mais dormir em berço esplêndido”, afirmou, apontando previsões segundo as quais a escassez hídrica por todo Brasil afetará ainda mais profundamente a nossa matriz energética renovável, baseada nas hidrelétricas. Não fosse a recessão, já estaríamos sofrendo racionamento de água e de energia, pois o nosso sistema de hidrelétricas não consegue atender a demanda plena”, afirma Aumond.
 
A projeção para 2050, afirma o pesquisador, é uma queda de 45% na produção de energia pelas hidrelétricas. Para fazer esse enfrentamento, defendeu a otimização do atual processo de produção de energia e a diversificação de formas de produção de energias renováveis.
 
Após sua fala, o evento continuou com outras minipalestras e debate.
Publicação: 04/08/2015 - 11h14 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): Michel Ivon Imme Sabbagh

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