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ARQUIVO DE NOTÍCIAS


29/10/2015 - Assistente de língua alemã aprova e fica na FURB em 2016


Plenamente aprovado na FURB pelos professores e alunos da graduação em Letras - Língua Alemã, o professor Josha Nitzsche continuará em 2016 como assistente de língua alemã na Universidade, no curso vinculado ao Centro de Ciências da Educação, Letras e Artes (CCEAL). Os depoimentos de professores e alunos, e do próprio assistente, são bem positivos.
 
Josha Nitzsche está na FURB desde março e seu contrato encerra em 30 de novembro. Mas o prolongamento de sua contribuição docente, já solicitado por ele, foi aprovado, há alguns dias, pela parceria CAPES-MEC/DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico). O convênio das duas instituições com a FURB dura mais três anos.
 
“É interesse dele continuar aqui em 2016 e sua renovação é um direito previsto no convênio. É nosso interesse também”, afirma a diretora do CCEAL, professora Dra. Rita Buzzi Rausch.
 
-- A nossa avaliação do trabalho do Josha é extremamente positiva. Tem atuado nas disciplinas da graduação, nos seminários em língua alemã (nos grupos avançado e iniciante), nas escolas municipais, nos momentos artístico-culturais. Em paralelo esteve sempre presente na FURB, na interação com os diversos docentes do CCEAL, planejando e avaliando atividades desenvolvidas, fez curso de português para estrangeiros no FURB Idiomas (inclusive reforço com aulas particulares). Essa troca de bagagem cultural, a chamada interculturalidade, com um falante nativo, tem enriquecido professores e alunos, ajudado a quebrar estereótipos e ampliado nossas ações de internacionalização na FURB, garante a diretora do CCEAL.
 
E tudo a ver com a novidade que ela adiantou: em 2016 todos os estudantes de graduação da FURB, que tenham interesse, poderão se matricular na disciplina optativa ”Educação Intercultural” que será oferecida tanto na língua alemã, quanto na língua espanhola. Mais uma atividade que o Josha poderá auxiliar.
 
Também para a coordenadora do curso de Alemão e coordenadora geral do Programa na FURB, Valéria Mailer, a experiência tem sido muito relevante. “Inclusive ele tem participado de trocas de experiências no curso de Letras - inglês, com a professora Diva e Elisa, também na pós-graduação, com a professora Maristela, assim como no curso de Alemão Preparatório Intensivo (API), no convênio FURB/ICBA, junto com o professor Germano Gehrke, da Coordenadoria de Relações Internacionais (CRI/FURB).”
 
Graças ao assistente de ensino de língua alemã, tem-se ampliado o interesse dos estudantes por Programas como o Idiomas sem Fronteiras, que contará em 2016 com o Alemão sem Fronteiras – outra parceria DAAD/CAPES/MEC com bolsa para estudantes de Letras aqui e no exterior. Duas alunas do curso de Letras-Língua Alemã já se inscreveram para o Hochschulwinterkurs – curso de inverno – em 2016 na Alemanha, cujo nível de exigência linguística é B1. “Estas parcerias todas incrementam o curso de Alemão da FURB para a proficiência linguística”, afirma a diretora do CCEAL.
 
O que pensa Josha
 
Para o professor-assistente Josha Nitzsche, a sua primeira vez no exterior tem se revelado uma grande experiência por uma série de fatores. Nesses seis meses em que atua na FURB e vive em Blumenau Josha teve que se adaptar, por exemplo, ao horário das aulas. Na Alemanha, o estudante só pode trabalhar 20 horas e as aulas normalmente são durante o dia, por ser a sua ocupação principal. Diferente do Brasil, onde o aluno normalmente trabalha o dia todo e estuda, naturalmente cansado, à noite.
 
Outro dado que considera interessante é encontrar, no Brasil, em especial no Sul, falantes em língua alemã, mesmo que sejam dialetos, pois a troca é mais rica. É diferente quando ele leciona para quem fala alemão. Essa diferença traz vantagens e desvantagens. A vantagem, segundo Josha, é que a pronúncia é muito melhor, o aluno já sabe de casa. A desvantagem é a parte gramatical, que pode gerar confusão e dificuldade com os artigos, por exemplo. Apesar disso, os falantes de português somente têm que estudar mais, pois é mais complicada a pronúncia, o que exige mais do professor.
 
Ele tem aproveitado, ainda, para sair da rotina, com direito a passeios para conhecer o Brasil (com amigos e demais assistentes em língua alemã) por Rio, Salvador, Foz do Iguaçu, Curitiba, Florianópolis, Praia do Rosa (Garopaba) e para conhecer a Oktoberfest de Blumenau, cidade fundada por imigrantes alemães em 1850.
 
Um dado curioso é que ele não conhece a grandiosa Oktoberfest de Munique, na Alemanha, inspiradora da festa local nascida há 32 anos. Ele gostou da festa de Blumenau, da animação e da gastronomia. Estranhou um pouco, apenas, as músicas, a maioria específicas de uma determinada região na Alemanha,  a Baviera, assim como o traje típico: “Não. Eu não tenho uma Lederhose”, respondeu Josha quando indagado pelos alunos se vestiria na festa local a calça de couro. Ou seja, houve mais uma quebra de estereótipo em sala de aula e a constatação que a Alemanha é tão diversa quanto o Brasil.
 
Em depoimentos, estudantes aprovam o professor-assistente
 
Daniela Cristina Graupner Brandão - Em relação às aulas com o professor alemão Josha Nitzsche, diria que foi uma oportunidade que trouxe inúmeros benefícios para minha aprendizagem. Trata-se de um profissional da educação altamente qualificado e preparado. Ele procura muitas vezes variar as estratégias de ensino-aprendizagem para que atinja os objetivos pedagógicos pretendidos. Sempre com muita paciência e aberto a perguntas e críticas. Ele é muito solícito e quando possível orienta, ainda, individualmente os acadêmicos. Eu, como acadêmica do curso de Letras-Língua Alemã, tê-lo como professor fez com que eu melhorasse muito a compreensão auditiva, tive um grande avanço na escrita, assim como nas demais habilidades, já que se trata de um professor falante nativo. A bagagem cultural que ele nos apresentou durante suas aulas contribuíram de forma significativa para o entendimento de questões sociais, étnicas, históricas, geográficas e atuais que serviram de base para um entendimento linguístico mais apurado da língua alvo. Suas explicações elucidaram várias dúvidas que eu cultivava a respeito da Língua Alemã e me sinto motivada a querer aprender cada vez mais.
 
Monika Haertel - A vinda de um professor alemão contribuiu para o meu processo de ensino-aprendizagem, visto que durante as aulas a comunicação aconteceu somente em língua alemã. Deste modo, utilizei com maior intensidade a língua, buscando constantemente aperfeiçoar  minha proficiência linguística e transcultural, fatores importantes para a minha formação pessoal e profissional.
Publicação: 29/10/2015 - 11h09 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): Michel Ivon Imme Sabbagh/Divulgação

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