Facebook Twitter Imprimir

ARQUIVO DE NOTÍCIAS


04/03/2016 - Professora aborda desafios da internacionalização acadêmica


Em palestra hoje na aula magna do Programa de Pós Graduação em Educação da FURB, a professora Dra. Elisabete Monteiro de Aguiar Pereira (Unicamp) abordou "A internacionalização do currículo: desafios para a educação superior".
 
Segundo a professora, o tema da internacionalização da educação superior não está pronto. Para ela, deve-se estar aberto para a construção desse tema, que está em construção, visando a formação do homem como um profissional social do mundo, "voltado para questão da interculturalidade, à cooperação, para entendimentos mútuos, para trocas de experiências e complementações de saberes". Citou como exemplo a possibilidade de pesquisas mundiais para investigação conjunta dos casos de malformação associados à zika, uma questão que vem afetando vários países, inclusive nos EUA."O Brasil também precisa participar desse esforço de desenvolvimento das nações, interagindo o conhecimento produzido pelas nossas universidades", acrescenta. 
 
Ainda no evento ocorreu o lançamento do livro “Internacionalização na educação superior: políticas, integração e mobilidade acadêmica”, organizado pelas professoras Dra. Márcia Regina Selpa Heinzle (FURB) e Dra. Elisabete M. de Aguiar (Unicamp).
 
A aula foi prestigiada pelo reitor João Natel e pelos pró-reitores Mauro Scharf (Ensino de Graduação, Ensino Médio e Profissionalizante) e Alexander Christian Vibrans (Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Cultura), além da diretora do Centro de Ciências da Educação, Artes e Letras, professora Rita Buzzi Rausch. O PPGE é vinculado ao CCEAL.
 
Em sua fala, Natel reiterou a importância do tema da internacionalização e sua efetiva inserção na FURB. E disse que ontem mesmo, ao revisar documento de autoavaliação, a questão da internacionalização várias vezes entrou na discussão. Natel também elogiou o evento e enfatizou os esforços da FURB e o amplo apoio da Reitoria para que se lance o Doutorado em Educação ainda em 2016, ano que o PPGE completa 25 anos de criação do Mestrado.
 
Professora titular da Faculdade de Educação da Unicamp, a palestrante é professora bolsista Produtividade 2, do CNPq. É pedagoga pela USP (1971), Mestre em Educação pela University of Sheffield (1979) e Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1989). Livre Docente e Titular pela Unicamp, ela coordena o GEPES-Nacional (Grupo Nacional de Estudos e Pesquisa sobre Educação Superior). Prêmios recebidos: Prêmio Zeferino Vaz (2014) e Peter Muranyi (2013).
 
Principais pontos da palestra
 
Segundo a professora Elisabete Pereira, o tema da internacionalização nas universidades está em construção e concordou que deve estar articulado com as ações locais, como colocou o professor Natel.
 
-- Cada universidade, no seu passo, constrói seu processo de internacionalização, sem imposições, e respeitando suas características e missão. Estou aqui para estimular esse diálogo que valoriza o papel das IES de formação de homem como um profissional social”, disse.
 
Na sua contextualização, afirmou que a internacionalização “na” e “da” educação superior é um fenômeno que data dos primórdios da universidade, mas ganhou uma dimensão maior e renovada nos últimos 30 anos e apresenta uma conceituação complexa e  multidimensional. “Boa parte das grandes universidades nunca deixaram de ser internacionais, atraindo bons alunos do mundo todo e sem perder o vínculo local", afirmou. E citou a criação das primeiras universidades em Bolonha (1088- que matriculava estudantes de toda Europa), Oxford (1096), Paris (1117), por exemplo.
 
Segundo a palestrante, a internacionalização é uma proposta de formação educacional que ultrapassa os programas voltados para o ensino superior local e nacional. E cita Knight (2004): “a internacionalização é o processo de integrar uma dimensão internacional e intercultural nas funções de ensino, pesquisa e extensão de uma instituição”.
 
E disse que a internacionalização da educação superior neste início de milênio é uma realidade para todos os países e está no centro das atuais políticas universitárias. Atualmente, o maior número de programas de mobilidade (alunos/professores) está na União Europeia.
 
A internacionalização hoje é entendida, segundo a professora, como a “criação de relações baseadas no conhecimento mútuo de aspectos constituintes de contextos: social, educacional, cultural, político, geográfico, econômico e de língua, com responsabilidades assumidas pelas universidades e por programas nacionais e internacionais e tem a ideia de integração em dimensão intercultural no ensino, pesquisa e serviços”.
 
Para ela, a Universidade é ainda a instituição que pode promover a integração dos conhecimentos, da cultura, dos valores, dos povos, e o respeito pelas diferenças e especificidades de cada nação.
 
E cita Giddens (2000), entre outros autores, para dizer que o movimento de internacionalização reflete a necessidade dos acadêmicos que vivem numa sociedade globalizada. "É o mundo da informação globalizada, das novas tecnologias, em que as universidades são solicitadas a formar um conhecimento para o mundo", destacou.
 
A internacionalização é uma proposta de formação educacional do aluno. Desta forma, as universidades que aceitam esse conceito, constroem políticas em que o currículo é flexível e organizado para que o aluno saiba que, num determinado período, terá uma experiência internacional na sua formação. 
 
Publicação: 04/03/2016 - 12h29 - Gabinete da Reitoria/Jornalismo | Foto(s): Michel Ivon Imme Sabbagh

Março/2016 (alterar)

30/03/2016 29/03/2016 28/03/2016 23/03/2016 22/03/2016 21/03/2016 18/03/2016 17/03/2016 16/03/2016 15/03/2016 14/03/2016 11/03/2016 10/03/2016 09/03/2016 08/03/2016 07/03/2016 04/03/2016 03/03/2016 02/03/2016 01/03/2016


Painel