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O mestrando Albio Fabian Melchioretto, do Programa de Pós-Graduação em Educação da FURB, defende sua dissertação nesta quinta-feira, dia 18, a partir das 14 horas, na sala I-305 (campus 1).

 

O título do trabalho é “Uma-aula-que-quer-ser-rizoma: filosofia e redes sociais na escola”.

A Banca Examinadora é formada pelo Presidente: Prof. Dr. Celso Kraemer/FURB; Titulares: Prof. Dr. Silvio Donizetti de Oliveira Gallo/UNICAMP; Dra. Daniela Tomio/FURB; Suplente: Profa. Dra. Gicele Maria Cervi/FURB.

 

 

A presente pesquisa, desenvolvida junto ao Grupo de Pesquisa Saberes de Si, na Linha de Pesquisa Educação, Cultura e Dinâmicas Sociais, do Mestrado em Educação da FURB, tem como objetivo compreender as relações possíveis entre o estudo da filosofia, o uso de Redes Sociais Virtuais (RSV) e a noção de rizoma.

 

A pesquisa sobre o estudo de filosofia no Ensino Médio se mostra importante porque sua presença é algo recente na história do ensino secundarista no Brasil. Vivemos em espaços de conexões. O tempo de agora evidencia possibilidades de ligações ininterruptas com o ciberespaço. Novas tecnologias digitais são inseridas e reinventadas em fluxos constantes. Novos espaços, novas possibilidades e novas conexões. As novas tecnologias digitais não eliminam as tecnologias de época, como a escola. A escola, de maneira geral, é perpassada por um discurso de inserção, adaptação ou de resistência às tecnologias digitais que se desvelam o tempo inteiro diante dela.

 

A dissertação é um estudo desenvolvido através de uma experimentação com novas tecnologias digitais, no caso, o uso de RSV. Analiso uma experiência de estudo de um tema filosófico com o uso de RSV envolvendo estudantes de nível de Ensino Médio. Com isso busco identificar aspectos rizomáticos entre o estudo de filosofia e as ferramentas digitais, bem como, discutir, a partir do conceito de rizoma, as possibilidades que as RSV para o estudo de filosofia em sala de aula. A análise de dados é feita a partir dos conceitos de rizoma, de Gilles Deleuze e Félix Guattari e do conceito de Ciberespaço, de Pierre Lévy.

 

A experimentação aconteceu em cinco encontros onde os estudantes utilizaram o Facebook para a realização de diversas atividades. Ela evidenciou que o uso de ferramentas virtuais, muitas vezes condenadas por legislações e renegadas por escolas, podem trazer reflexões, incômodos e oportunidades interessantes. A análise mostra que, o que pode parecer um simples elemento de dispersão ou de fuga dos estudantes diante de esquemas enrijecidos pela escola, apresenta, em realidade, uma flexibilidade de possibilidades, trazendo ao estudante experiências significativas com a filosofia.